Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

domingo, 29 de abril de 2012

Jovens, álcool, tabaco e sexo!

É com muito bons olhos que eu vejo a juventude de hoje em dia, e queria aqui tornar público o meu agrado. Finalmente aparecem gerações que deixam de olhar para o próprio umbigo e pensam numa perspectiva diferentes de todas as gerações passadas.
Pensam no futuro, na evolução do género Homo sapiens tal como o conhecemos. Já dizia Lamarck que quanto mais uso damos a algo, maior a sua evolução. Vou explicar melhor dando exemplo concretos e adequados ao tema sesta semana, juventude!
Em primeiro lugar quantos de nós é que já não pensámos, maldita ressaca! Porque é que fiquei assim, a noite foi tão boa! 
Quantos de nós é que não sonham com o dia após uma bebedeira em que não há vómitos, dores de cabeça e brancas?
E é aqui que os jovens de hoje em dia estão a actuar. Convido todos os leitores a olharem bem para as noites de hoje em dia e verem o árduo trabalho destes jovens, atenção que o que eles fazem não é qualquer um que faz, desde shot's, a vodka com sumo, a whisky cola a red-bull, eles bebem tudo como se não houvesse amanhã, e acredito que para alguns um dia deixe de haver, mas eles arrasam. Eles arriscam tudo para que simplesmente daqui a umas gerações o nosso corpo esteja preparado. Veja-se que quanto mais uso damos a algo, esse algo vai evoluindo e os jovens num esforço louco vão exigindo o máximo do seu fígado, de todas as suas reacções fisiológicas numa esperança de que daqui a muitas gerações estes não saibam o significado da palavra ressaca. 
Deixo já aqui o meu sincero desejo de reencarnar quando os jovens tiverem preparados para não sentir o pós-bebedeira e desde já deixo aqui o meu muito obrigado.
Outra frente onde eles também não perdoam, é no tabaco. E aqui é quase que como um trabalho duplo, hoje deixam de fumar tabaco em maço e enrolam num esforço mais uma vez louco para ganhar uma destreza de dedos fora do normal. Ou seja, não só vão levando os pulmões ao seu esforço máximo, ingerindo altos níveis de nicotina como vão desenvolvendo capacidades manuais que podem ser úteis em várias coisas, e continuando esta ordem de pensamentos.
Sim porque não fui só eu que pensei nisso, os jovens já ao final da noite continuam a esforçar-se e a darem tudo de si para desenvolver novas e trabalhar as antigas capacidades e posições sexuais. E não olham a meios para atingir os fins, não escolhem a dedo e desde cedo começam a bombar, a dar, a penetrar e a muitas mais coisas que podia continuar a dizer com o objectivo que já todos sabemos. 
Para terminar e porque não me posso alongar porque também eu tenho que ir trabalhar em um certo ponto destes que aqui escrevi peço meus senhores que a partir de hoje olhem com outros olhos para os jovens. Porque no fim eles não são uma geração Rasca mas uma geração de trabalho árduo para o futuro de outras gerações ser bem melhor.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Era uma vez...

  Era uma vez um País. Um país que vivia do mérito e excelência.
Um País onde o trabalho e a competência eram garantia de sucesso. Onde o filho do operário era gerente da multi-nacional. Onde a filha da senhora do café era professora universitária. Um País onde os jovens trabalhavam e lutavam arduamente por se afirmar como a próximo geração de futuro.
  Era uma vez um País. Um País onde existia justiça. Onde o sábio prevalecia sobre o primo. O competente sobre o conhecido. O trabalhador sobre o sobrinho. Onde os cargos eram atribuídos por mérito.
  Era uma vez um País que exigia conhecimento e não conhecimentos. 

  Depois havia Portugal, um país. Onde o sucesso herda-se ao invés de se conquistar. Onde a corrupção corre no sangue, de tal forma, que ser corrupto é hoje um valor intrínseco a cada um de nós. Um país dos pais. Um grau de parentesco é um atestado de competência. Uma recomendação é uma promoção.

  Um país que pratica de forma rotineira e impune, a pior forma de corrupção que existe. Se de fraude se pode entender a tentativa de engano de todo o sistema, e por consequente de todos nós, na forma de apenas uma pessoa. O suborno ou tráfico de influências é a corrupção de uma pessoa através de um sistema. 
   Se a fraude representa a falha de um sistema representativo,o suborno é a falha do individuo que supostamente representa o sistema. O Acto de nomear, atribuir ou entregar seja um cargo público, político, de chefia ou até uma obra, através de um vasto e extenso tráfico de influências é a forma perfeita de representar o quão podre é um país. É persuadir o honesto e trabalhador que estava melhor indicado, melhor qualificado, melhor preparado ou apresentava a melhor oferta a entrar no esquema. É mostrar-lhe, continuamente, que mais vale um favor que um valor. 

  Um país, onde as vozes que contrariam o sistema são ignoradas, caladas ou compradas. Um país onde o sistema escolhe quem ocupa os lugares de chefia, que fica de mãos e pés atados, de forma a retribuir o empurrão. Um país um os juízes ou não têm poder, ou não têm coragem. Um país onde os polícias são controlados por políticos. Um país onde os reguladores não têm regulação, onde o controlador é impune ao controlo.

  Trinta e oito anos depois, ainda há tanto por fazer. Sonhou-se um País. Criou-se um país, que se alimenta na inércia, impunidade e esperança ingénua. Esperança que um dia se alterará. Um dia.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

CORRUPTUS

Primeiro que tudo, ser corrupto é não ter qualquer valor humano. É não saber viver numa sociedade equilibrada cujos benefícios são repartidos para todosGeneralizo, porque é este o modo de ver as coisas, é a este ridículo que chegamos, ao ponto de dizermos mal deste movimento e um dia mais tarde envolvermo-nos numa rede, por mais pequena que seja! Toda a gente é cúmplice deste mal, pela mais pequena coisa das coisas… Todo aquele que disse nunca, acabou por faze-lo, todo aquele que repudiava, acabou por praticar e gostar. Vivemos numa sociedade, o que quer dizer que temos de viver em harmonia, sincronizadamente, para sustentar um sistema equilibrado que nos permite usufruir da qualidade de vida que hoje conhecemos. Porque não ser corrupto?
- A corrupção é definida como utilizar poder para conseguir obter vantagens, e fazer uso do dinheiro público para o seu próprio interesse.
- Favorecer alguém prejudicando os outros.
- Aceitar e solicitar recursos financeiros para obter um determinado serviço público, retirada de multas ou favorecer uma determinada empresa. O pão de cada dia no nosso imenso território!
- Desviar verbas públicas, dinheiro destinado para um fim público, e canalizado para as pessoas responsáveis pela obra.
Tudo isto é mau, mas só acontece quando não há transparência nessa prática, não existe país com corrupção zero, embora haja alguns com menos corrupção, porque a sua população é mais esclarecida acerca dos seus direitos, sendo assim, mais difíceis de enganar. Em principio deverá ser assim.

Só para não aprofundar mais vou só dar pequenos exemplos práticos e muito simples: Se eu tiver um familiar ou conhecido a trabalhar numa loja, vou algum dia pedir-lhe para deixar passar artigos sem pagar na caixa, se for policia, vou-lhe pedir para me safar das multas, se eu entrar para algum concurso em que haja alguém conhecido dentro, vou pedir uma “cunha”. Isto são meros exemplos que todos somos capazes de ajuizar da melhor forma, dizendo que não é nada corrupto ou que não é nada comparável com a corrupção que conhecemos… Sim de facto têm razão. Mas imaginem só se estas pessoas tivessem acesso a mais? Rejeitariam essas facilidades? O dinheiro não seria mais poderoso? Como seria deste Portugal sem derrapagens? Estariam todos os não milionários metidos no mesmo barco?
Jaime Garret

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Corrupção, problema de Educação?

Numa das minhas variadas incursões pela blogosfera nacional e internacional, deparei-me, por terras de Vera Cruz, com uma fantástica comparação entre corrupção e educação. Pensei, sintetizei e adaptei para a minha visão aquilo que acho ser uma ligação forte e inversamente proporcional entre duas "características" da sociedade.


Quando pensamos em indivíduos corruptos, a imagem que nos tolda a mente, prende-se regularmente com alguém mesquinho, interesseiro, com falta de carácter ou até manipulável. Mais do que isso, digo eu. Alguém corrupto, ou envolvido em corrupção é um ser que lhe falta a chama que incendeia a alma e alimenta o ego. Chama-se cultura, chama-se educação, chama-se instrução.

Educação, entenda-se, não é instrução. Educação é o imperativo da lei do bom senso. É o fim da nossa liberdade onde começa a dos outros. É olhar para dentro e saber que amanhã os nosso filhos não sentirão vergonha de nós. Perdoem-me, mas aos corruptos, falta-lhes tudo isto. Mas falta-lhes ainda mais. Falta-lhes ter a capacidade cognitiva e intelectual para se superiorizarem. Falta-lhes capacidade para acreditarem em si mesmos, almejando o sucesso apenas pelo esforço. Acredito que a corrupção não é mais do que mediocridade intelectual e de espirito.


Ora vejamos. A corrupção não está só nos gabinetes dos ministérios, nos corredores dos grandes clubes ou atrás das portas das grandes empresas. A corrupção está na nossa rua. No nosso prédio. Muitas vezes, na nossa casa. Vai mais longe do que os partidos políticos ou as ordens profissionais. Está tão perto quanto nós queiramos ver, e esse é o verdadeiro problema. Olhem em redor. Com atenção. Com "olhos de ver". Viram? Pois, afinal não acontece só nos altos níveis da sociedade. Acontece num suborno para esquecer uma multa de trânsito. Acontece numa "ajudinha" para o café, que dá direito a mais uns serviços por fora. Acontece no futebol, na televisão, no comércio, na função pública, nos privados, nas escolas, nas faculdades, nos liberais, nos esquerdistas, aqui, ali, em todo o lado.



Alguém corrupto é alguém que não tem capacidade para arcar com as consequências dos seus actos, esconde-se atrás de notas, favores ou promessas para fazer algo que não tem a coragem de alcançar sozinho.


Cabe-nos a nós, geração do futuro e do presente, querer mudar. Voltar ao antigamente em que os valores valiam, efectivamente, alguma coisa. Em que abrir uma porta a um idoso ou levantar para ceder o lugar não tem que ser para parecer bem, mas apenas porque foi assim que nos ensinaram. Em que pensar em nós, é pensar nos outros, é pensar no presente e no futuro, com a mentalidade de quem quer para si e para os seus, um mundo em que o trabalho, o esforço e a dedicação valham realmente o orgulho que sentimos em nós próprios.

Termino, citando:
"É preciso que se incuta no educando o hábito do bem e o horror ao mal. Em primeiro lugar que ele, desde cedo, se habitue a deliberar por si mesmo. Não se pode considerar educada a pessoa incapaz de conduzir-se na vida, sem vontade própria. É a aquisição do hábito da liberdade. O cidadão só é alguém quando aprender a resolver-se por si mesmo. É, então, homem livre, ou digno de liberdade. Sente-se a si próprio, forma a consciência de seu valor, o sentimento de sua personalidade."



Dâmaso Garrett

terça-feira, 24 de abril de 2012

Já comeste fruta hoje?


Pois é, ao abordarmos este tema que envolve tanta polémica, eu não posso deixar de me centrar na figura em Portugal que melhor exerce esta tão meticulosa arte, há já 30 anos num clube desportivo do norte do nosso país. Poderiam haver algumas dúvidas, mas quando eu digo que não é major, tem um cão chamado bobi, um gato chamado tareco e o seu nome é igual ao de um galináceo pequenino, assim não restam dúvidas. Eu já ouvi chamarem muitos nomes a este senhor, bandido, aldrabão, charlatão, “artista” ou mafioso, mas na realidade as funções que desempenha são muito mais benéficas do que se pensa. Mas benéficas em que sentido perguntam vocês?! São muito benéficas para a saúde de várias pessoas, pois este sábio possui um pomar e de quando em vez, distribui fruta pelos interessados, tal como ficou provado numas famosas escutas.
É isto mesmo, este senhor está é preocupado com a alimentação dos portugueses. Numa era em que se opta cada vez mais pela fast-food, enlatados e conservas, esta alma caridosa quer manter muita gente sã. Por vezes fornece frutas maiores, tipo melancias, noutros casos são mais maneirinhas como maçãs e para os mais apreciadores também sobram uns cocos, ou seja este “agricultor” possui fruta para todos os gostos. Claro que alguém assim tem de receber um prémio por contribuir para a saúde pública. Prémio esse, que eu penso que tenham sido as constantes absolvições em vários processos ao longo de todos estes anos, pois só dessa forma é que eu as consigo explicar.
Contudo noutros clubes e noutras instituições, já se começam a ver algumas sementes a serem plantadas, portanto parece-me que vêm aí mais fruta para o mercado. Mas como não sou o professor Chibanga, estarei cá para ver e depois expressar a minha singela opinião sobre os desenvolvimentos futuros.

Jacques Garrett

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Queremos Portugal Nº 1 !


Mais uma bela Segunda feira, inicio de semana de trabalho, 3 dias ainda para trabalhar até ao fim de semana... Vá, não desanimem já com os meus pensamentos positivos, leiam o resto..
Definição de Corrupção: Nome feminino. Acto ou efeito de corromper ou corromper-se; estado do que se vai corrompendo; putrefacção; acto de corromper moralmente; perversão; adulteração; estado do que é corrompido; uso de meios ilícitos para obter algo de alguém; suborno.
Antes de tudo, queria só deixar uma ressalva para o que mais me chamou a atenção nesta definição, "nome feminino". Não entendo sinceramente, onde andam estes génios de outrora, que tanta falta fariam neste presente; obviamente que, o "feminino" é quase todo o porquê dos actos do masculino, daí o "acto de corromper moralmente", mas não quero entrar por aí, fico contente de à séculos já se entender a causa de algumas corrupções mais descabidas ( sim, a malta às vezes tem de se portar mal para satisfazer as Marias).
Prosseguindo com o meu pensamento, tenho a dizer que no meu intenso estudo do tema apercebi-me que apesar de tudo o que ouvimos falar na imprensa portuguesa (à boa maneira portuguesa do escândalo)  e mesmo com o que nem sequer sonhamos que acontece por aí, mesmo com personalidades como Sócrates, Vitor Constâncio entre outros, Portugal nem nisto é o "melhor"! Ou seja, numa escala revista anualmente, Portugal está apenas em 32º lugar, logo atrás de Espanha no índice de percepções de corrupção ou IPC ( índice que analisa "o grau em que a corrupção é percebida a existir entre os funcionários públicos e políticos"; a escala é inversa, ou seja, quem está em primeiro lugar é menos corrupto que o segundo, e assim adiante). Percebem agora o meu espanto ao saber que temos cerca de 70 países ( dos quais se reconhece informação) mais corruptos que Portugal? E pensam vocês: - Isso é bom, não é? - Na minha opinião, não. Porquê? Simples, nem nisso conseguimos ser o número 1... É caso para dizer que, se querem roubar ao menos roubem à grande, assim poderíamos dizer aos Alemães ( e desde já fica a minha aposta para o Europeu de 2012) : - Vocês foram campeões Europeus mas nós ganhámos no IPC, mamem aí! 
Voltando ao segundo parágrafo, é de salientar que a taxa de divórcios aumenta constantemente em Portugal. Devido ao quê, perguntam vocês. Mais uma vez, o Gastão tem a resposta. As Marias não estão satisfeitas com o sustento providenciado pelos maridos. Escolham, corrompam-se ou divorciem-se!
 Gastão Garret ( dos poucos parvos que ainda não tem uns milhões a mais na conta ) 


domingo, 22 de abril de 2012

Que direi aos meus filhos?

Esta semana queria partilhar convosco um dos meus pensamentos, como é que eu no futuro vou explicar aos meus filhos o que é que é um corrupto? Se bem me lembro quando eu era pequeno os meus pais disseram-me algo do género:

-Filho um corrupto é um senhor desprezável e um ignóbil. (Notem que eu já quando tinha cerca de 8 anos tinha um vocabulário muito extenso) É como os indivíduos que estão na prisão, não merecem estar no meio da nossa sociedade livres.

Ora quando for a minha altura como é eu hei-de responder a uma possível resposta do meu filho parecida com esta:

-Mas meu querido, adorado e respeitado pai, o nosso presidente e os senhores que estão à frente das equipas de futebol são corruptos? Afinal ser corrupto é bom ou mau?

E é aqui que se prende o meu problema. Como é que vou preparar o meu filho. Ou seja como é que explico que na realidade os grandes senhores do nosso país são corruptos.

-Querido e lindo filho, com tanta beleza e inteligência fazes-me lembrar o teu pai quando tinha a tua idade, mas respondendo à tua pergunta, ser corrupto é estar à frente de qualquer cargo importante, é omitir as verdades e ir longe na vida à custa disso.

Assim como que uma espécie de ah e tal digo umas verdades e o meu filho não fica com muito má impressão das pessoas "importantes".
Mas bem, o que me deixa um pouco animado é que isto de ser corrupto perca a sua piada. É que por exemplo o Pinto da Costa já não tem aquela adrenalina de poder ser apanhado. Aliás pior que isso é agora dizermos ah e tal ele é corrupto, e as pessoas perguntarem ele quem? Qual deles?

-Tem cuidado comigo eu sou corrupto!
-E depois? O Jacinto Garret ali dos táxis também é. Pensavas que eras mais que os outros? Coitado.

Ou seja, pode ser que daqui a uns anos ser uma espécie de Rodrigo Garret, um rapaz justo, imparcial e contra o mal do mundo é que seja porreiro. E aí sim, vou poder utilizar o discurso dos meus pais.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Relações : O Problema

  Foi com uma inarrável e crescente angústia que fui assistindo com passar dos dias, ao surgimento de novos textos, e continuava sem ver abordado o tema nuclear da questão. Num blog sério como este, em que se trata os temas de referência de uma forma diferente e jovial, teria obrigatoriamente de haver um jornalismo sério de investigação. Não havendo voluntários a essa parva tarefa, decidi eu mesmo me entregar a essa profissão de guerrilha, e trabalhar de forma a promover textos cientificamente comprovados por altas entidades, para não recair no erro de editar apenas alguns textos descabidos e algo engraçados baseado em meras conjecturas.
  Analisei o mercado, e a apercebi-me que num blog composto por seis escribas masculinos, não existir um artigo repudiantemente machista e depravado era uma oportunidade de crónica. Um texto intelectualmente  escrito por um ser superior que colocasse em evidência a principal causa dos problemas numa relação, sejam eles fins precoces, discussões recorrentes ou um afastamento frio. Baseei-me em estudos científicos e comprovei aquilo que metade da população já saberia, que a principal causa não é nem i)traição, ii)ciumes iii) falta de tempo e muito menos iv) futebol. Sei que será porventura a descoberta social do século, que surpreenderá muitos leitores e alguns telespectadores, mas para isso há visionários como eu.
   Tenho em mão dois estudos que comprovam a minha teoria, em um deles 50% dos inquiridos envolvidos numa relação afirma já ter sentido ciumes infundados que acabaram por levar a uma discussão, ter constantemente bisbilhotado num facebook e /ou telemóvel do parceiro, baseado em meras suspeitas infundadas. Em outro estudo metade dos inquiridos confirma que avalia cada nova amizade do parceiro/a como potencial ameaça à sua estabilidade amorosa. Este estudo vai mais longe e afirma mesmo que cada amizade é classificada numa escala alfabética de acordo com a ameaça identificada. Sendo que um A é ausência de perigo, B é perigo reduzido, C é classificado como potencialmente perigoso, D é altamente ofensivo, e acima disso Perigo Moral. Curiosamente o mesmo estudo afirma que esta escala é correspondente ao aumento de certos atributos físicos.
   Cada um de vós, caso tenham prestado atenção, já deduziu a causa de todo este flagelo para a humanidade. Exactamente, os decotes. Sei que é difícil de acreditar, mas foram eles que responderam afirmativamente àqueles 50% dos inquéritos. São eles que não nos deixam ver o futebol descansados, são eles que nos massacram e distraem com a sua existência. São eles que insistem em ficar ali especados e arrebitados, procurando despertar a nossa atenção! Eles procuram-nos, podiam muito bem viver escondidos, mas são eles que insistem em viver ao sol, em constante disputa de importância. Um fenómeno que tende a agravar agora no verão, com o aparecimento de novos seres dessa espécie que se encontravam hibernados.

   Associado ao estudo vinha qualquer referência acerca da importância do amor,da forma apaixonada como  deveríamos tratar a pessoa que possuía* o corpo que continha o decote, mas não percebi bem ao que se referia nem a relevância para o estudo em si, pareceu-me mais aquelas letrinhas pequenas a que não devemos dar importância. (*possuir o corpo, de ser o dono do mesmo, não de ...pronto,coiso).


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Relações em pedaços

   Antes de mais, devemos aqui um pedido de desculpas pelas ausências neste pequeno espaço, o que é de lamentar…
   Tenho de admitir que este tema é extremamente complexo, pelo plano emocional dos nossos escritores e leitores mas também para aqueles a quem nos queremos dirigir, propositadamente ou não. Isto é algo que nos envolve a todos, desde do momento da nascença na nossa pura ignorância, à fase de criança, à da adolescência até ao nosso puro presente.
  Na nossa vida temos tendência em fazer avaliações das pessoas, para procura-las e dai demonstramos preferências por algumas, devido à proximidade geográfica, porque são as mais acessíveis. Às semelhanças, porque fazem nos pensar que temos uma alma gémea. Daquelas que nos apreciam… A reciprocidade facilita esse efeito. Por fim, as atracções físicas…Por mais que digam que não, a beleza traz outra impressão e influência. Destes e mais factores existentes, fazemos as nossas escolhas actos e relacionamo-nos dignamente com aqueles que chamamos amigos, namorados e muito mais.
Por outro lado, todos sabemos que nem sempre corre bem, porque nós estamos envolvidos num meio evolutivo, cujo crenças e sonhos nossos, começam a tornar-se realidade, desenvolvemos ou aprofundamos mais a nossa personalidade, o que leva algum desentendimento. Depois a coisa complica, as semelhanças já não são parecidas. O perto fica muito longe. Aquilo que nos acreditamos, já passou à história, mas tu acreditas… Sozinho! E a atracção física foi ultrapassada… Quem já comeu frutos exóticos por muito tempo, vai enjoar e comer uma simples maça. Ficam na memória e presentes, aqueles que não estão diariamente connosco por variados motivos, aqueles que por força maior afastaram-se, outros mudaram de vida, outros que se chateiam por não dizer uma palavra durante muito tempo, aqueles com quem estamos diariamente e aqueles que dão o corpo ao manifesto por terem tentado iniciar uma vida febril, a caça dos objectivos. Tambem ficam aqueles que disseram presente quando passamos pela maior dor das nossas vidas e só não apareceram mais, porque não conhecíamos, nem conhecemos todas as pessoas que poderiam marcar presença e apoiar.
  Portanto, diariamente aparecem-nos pessoas novas e interessantes, mas mesmo aquelas com quem nos desentendemos e demonstramos algo que não é nosso a elas, pensemos na parte positiva que cultivamos, pensemos nelas e desejemos que o nosso melhor seja o pior delas… Assim deve ser um amigo, um ser social ou alguém ausente, num mundo que se calhar não merece tanta sensatez. Porque no meio de tanto amor demonstrado, no fundo tudo é cumplice das amizades e por mais que este mundo dê voltas, não pode existir o contrário… Tudo tem a sua razão de ser e parecer, mas há laços que não padecem, os laços da irmandade! Guardem presentes algures em voces, aqueles que souberam vos tratar pelo primeiro nome...

Jaime Garret

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um olhar diferente...

Permitam-me os nossos queridíssimos e ávidos leitores que fuja um bocadinho daquilo que têm sido as fantásticas crónicas dos meus irmãos Garrett esta semana. Quero, hoje, falar de outro tipo de relação inter-pessoais. A amizade.

1ªreacção (pseudo-machões): “Irra que coisa mais lamechas! Prefiro ouvir o “Já agora vale a pena pensar nisto” na RFM todas as noites...”

2ªreacção (florzinhas de estufa): “Tão querido, finalmente alguém que não vem dizer mal dos relacionamentos!”

3ªreacção (os meus amigos): “Porra! Lá vai este gajo contar o que não devia!”

4ªreacção (as namoradas dos amigos): “Agora é que eu vou saber o que andam eles a fazer quando ele não me atende o telemóvel nem me diz nada!”

Bem, lamento desiludir-vos mas não vai acontecer nada disso. Então aqui vai.

Ia hoje no elevador da FNAC, quando vi um rapaz de pernas cruzadas...(Ups, esta é para o Sol, não para aqui. Desculpem.)

Agora mais a sério. Vá, com relativa seriedade. Não me imagino sem os meus amigos. Não me imagino sem aqueles chatos que todos os dias dizem alguma coisa no Facebook. Não me imagino sem o café de sexta à noite. Não me imagino sem as passagens de ano, as festarolas universitárias ou simplesmente sem as noites de conversa até às tantas. Afinal, acho que todos temos estes relacionamentos. Ou se não têm, deviam ter. É das melhoras coisas do mundo.
Todos vocês já ouviram os vossos pais dizerem: “Filho, fala comigo. Os teus pais são os teus melhores amigos.” Mentira. Peço desculpa mãe e pai, mas não concordo. Os meus melhores amigos são aqueles que conhecem tudo de mim, inclusive o meu lado louco e alcoolizado. Conhecem e pior, acho que até gostam. Isso é que é difícil. Assim, a principal diferença entre os verdadeiros amigos e os nossos familiares é simples. Os amigos gostam de nós porque querem, os familiares porque são obrigados! (e às vezes nem assim...).
Desde o Gastão, ao Jaime, passando pelo Rodrigo ou pelo Gabriel, todos são um exemplo daquilo que, quanto a mim, define amizade. Amizade significa escrever blogues parvos todos juntos. Significa ir para a noite e em vez de engatar umas miúdas, passar o tempo a gozar uns com os outros. Significa ter um grupo no Facebook só para dizer parvoíces. Significa perder horas a jogar em frente a um computador para no dia seguinte ter tema de conversa. Significa ir de férias e querer que esses dias durassem para sempre. Significa ter em quem confiar, mesmo quando achamos que estamos melhor sozinhos. Significa daqui a muitos anos, dizer aos nossos filhos: “Filho, o tio(...) vem buscar-te para irem ver o Benfica-Sporting”

A Amizade, é tudo isto e muito mais. É tudo o que para cada um de nós, torna o nosso relacionamento com outros, especial, diferente, único.

Bem-haja aos amigos, aos copos, às noites.

Dâmaso Garrett

terça-feira, 17 de abril de 2012

Dura verdade

Antes de tudo as minhas sinceras desculpas pela minha falta ontem, situações académicas (fica sempre bem a desculpa em prol dos estudos) impediram-me de prestar o meu contributo no blog. Com certeza que o meu bom amigo Jacques deu conta do assunto.

Hoje venho fala-vos do maior inimigo do género masculino, ultimamente bastante falado, tais são as réplicas sucessivas de testemunhos sobre o assunto. São bastante representativas deste perigo, expressões como: “não te vejo dessa forma” ou “és muito querido mas..” e ainda “desculpa se te levei a pensar dessa forma”. Sim, falo para todos aqueles que já tentaram dar o passo em frente para aquela amiga da irmã ou prima mais velhas (numa diferença considerável de 4\5 anos, por aí…) e que ouviram o frio “ ohhh que querido, mas és muito novinho para mim”, ou simplesmente aquela amiga especial que insiste em não colorir a relação, em não dar o passo seguinte, em não saltar a cerca… Enfim, inúmeras são as analogias. Falo sim, do “apenas amigos” ou segundo o termo inglês, friendzone.

O mais cruel relacionamento de todos, o relacionamento que acaba com todos os outros relacionamentos; nem espaço dá para outro tipo de relacionamentos surgirem, espezinha ali, no momento, qualquer tipo de esperança por algo mais, ansiosamente esperado pelo género masculino. Certamente será bem conhecido por bastantes leitores mas, mesmo assim, para os mais dispersos no assunto, atentem no seguinte:

Imaginem, aquela caricata cena do namorado depois de 4 horas na Bershka (ou qualquer outra superfície que transforme completamente a discernimento de uma mulher) numa maratona de afirmações positivas em resposta às perguntas: -“O que achas deste? Fica-me bem?” Comete o pequeno erro de dizer que “talvez o último te faça um bocado gorda”. E pois bem, lá se vai a aspiração de uma noite bem passada (se é que me entendem), como forma de castigo às palavras profanas ditas por um momento de loucura irracional.

Pois bem meus amigos, estar na zona de “apenas amigos” é passar as 4 horas respondendo afirmativamente, como ainda pagar a conta de 300€ em produtos têxteis, um jantar, duas voltas pela cidade na merda de um coche puxado a cavalo e no final da noite, naquele momento crucial do olhar profundo, ela esticar a mão, cumprimentarem-se e ela dizer: “Tenho de ir ligar ao Gastão para lhe dar um beijinho de boa noite”

A partir daquele momento, descobrem que o mundo é cruel…

Dura verdade meus caros.

Gastão Garrett

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Relações ou Ralações?

Por motivos de força maior, que não vou expor aqui senão escandalizava toda a gente o meu companheiro de blog Gastão Garrett não irá conseguir colocar hoje a sua crónica. O que leva à antecipação da minha que em circunstâncias normais é à terça-feira. Assim excecionalmente “levam” comigo segunda e com ele terça. Aqui vai:
Os relacionamentos ou as relações, propriamente ditas, estão associadas ao ato de ligação entre, no mínimo, dois seres (com ou sem personalidade jurídica) e por mais inevitável que pareça, têm sempre um início e um fim. Esta forma de conexão possui variadíssimas naturezas, que podem ir desde a profissional até à de amizade ou até à amorosa, assim como muitas outras.
A vida em sociedade baseia-se nisto mesmo, relações, pois quando convivemos, estamos a relacionar-nos. Algumas vivemos de uma forma muito intensa e reagimos como se o mundo fosse acabar amanhã (o que não deve demorar muito para acontecer já que estamos perto de chegar ao final de 2012 e ao grande cataclismo), noutras a nossa reação é mais fugaz e despreocupada pois não lhes damos tanta importância.
Mas não se transformarão todas as relações em ralações? Esta é uma boa pergunta, para a qual não sei se alguém tem respostas, mas como este é um espaço para “opinadores”, vou então esmiuçar a minha respetiva opinião. Aqui vou-me debruçar mais sobre os relacionamentos amorosos, principalmente por serem os mais polémicos e qualquer bom português gosta de assistir a uma polemicazinha, por mais pequena que seja. No meu entender, numa relação está sempre presente o fator ralação. Na fase inicial onde é tudo rosas, há um desejo tão grande de
agradar ao outro, que a ralação está constantemente na nossa cabeça ao tentar inventar maneiras de satisfazer o parceiro. Numa fase seguinte surgem pequenas discussões, que geralmente acabam em bem, mas aqui são estes atritos as ralações, ou seja, deixam de estar presentes no nosso intelecto para passarem a surgir realmente à nossa frente, como se de um polícia sinaleiro se tratassem. Numa fase mais avançada deixa de existir a relação entre dos seres e passa a existir a ralação a 100%, seja porque um dos elementos foi sair com os amigos/as e o outro não gostou, seja porque um se esqueceu do aniversário de namoro e comprou bilhetes para o futebol nesse dia, qualquer pequeno motivo causa um estado de apoquentação tal que a ralação passa a estar em pleno nas nossas vidas.
Contudo isto são meras palavras escritas por um “opinador”, cada caso é um caso, pois já dizia o poeta, “as palavras somos nós”.

Jacques Garrett

domingo, 15 de abril de 2012

Estado: É complicado

Em primeiro lugar queria pedir desculpa por vir tornar público os meus sentimentos sem ser pelo facebook. Aliás bem vistas as coisas hoje a juventude é tão romântica como antigamente, publicam fotos para tornar eterno os tempos juntos e, atenção, sem gastar papel, fazem testamentos, declarações e demonstrações de amor como o Romeu do século XXI faria.
Agora há uma coisa que me mete bastante confusão que é o estado de relacionamento. E é sobre isto que me gostava de debruçar, esmiuçando cada um deles:

  • Numa relação Aberta: Aqui tenho que tirar o chapéu ao Mark Zuckerberg, nunca eu tinha pensado numa maneira tão fácil de sugerir um menage a trois. "Ah e tal estou numa relação aberta... Queres participar?" muito melhor do que "Namoro mas estamos à procura de algo mais..."

  • Numa relação: Atenção que este tópico é bastante importante, e não digam que é uma coisa normal porque não é, isto é ouro, quantos e quantos de nós têm aquele problema de, "Será que os meus amigos vão achar a minha namorada gira?". E eis a solução, dizer que namoramos ficando a namorada feliz não tornando público a identidade dela.

  • Sem estado: Eu sei que não me posso referir a todos e aos que me estou a referir posso trazer problemas, e por isso desde já peço desculpa, mas, eis o estado mentiroso! O estado em que o dono do perfil tem a actividade constante de comentar e por gostos e ainda dar conversa a pessoas do sexo contrário vivendo uma dupla vida graças ao facto de a namorada não ter facebook! "Ah e tal eu não digo que sou solteiro amor...Eu só tenho facebook para jogar farmvile não te preocupes"

  • É complicado: Eis o estado filosófico. Afinal o que é que é complicado? É aqui que se dá uma mixórdia de ideias na minha cabeça. É o namorado que é complicado? É a decisão da escolha do tipo de estado que é complicado e daí mostrarem a vossa complicação. É uma mensagem subliminar em que quem mete o estado quer dizer ao parceiro que se passa algo? Ou é complicado acabar com o relacionamento?

  • Noivo de: E finalmente é aqui que eu perco toda a minha paciência. Como viram toda esta história do estado é uma coisa bastante séria. Aliás como todo o facebook, e aqui, talvez esteja a falar para uma minoria, mas qual é o objectivo de nos "casarmos" com amigos? E o cúmulo ainda é com amigos do próprio sexo! Há pessoas que levam isto a sério!

Para terminar queria só deixar uma palavra para os sem estado. Coloquem um! Vocês não imaginam o estado em que fico quando não sei qual o vosso estado!