Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

“Para mudar o mundo, temos que mudar nós próprios”

Qual poderá ser a nossa atitude perante o futuro próximo? Vivemos numa sociedade irregular, onde o trabalho manual não é considerado mas sim desprestigiado, tal como se fossem estúpidos, sujos e inferiores. Sectores como agricultura estão mal parados e não aguentam a concorrência. Um sector vital! Temos uma economia virtual que está a crescer constantemente! A população continua a ignorar o grau em que a sua sobrevivência esta muito distante de certos sectores de trabalho. Longe, muito longe… Continuando assim, o homem sobreviverá com um esforço súbito de adaptação ou por uma invenção milagrosa de uma nova tecnologia.

Sabemos que o dinheiro é criado a partir de uma divida para com o capital. Pensando que os bancos emprestam o dinheiro aos pequenos investidores… A partir de um euro os bancos podem distribuir milhares de euros com base em divida. O meu salário vem a partir desta divida, ou de um capital privado. A fim de cobrir esta divida e os juros incorridos, toda a economia permanece em competição, crescer imparavelmente e criar ainda mais divida de dinheiro a fim de absorver a divida existente. Trabalhas mais para ganhar mais para sustentar este sistema! Uma orquestra bem montada que soa bem nos nossos ouvidos. Tudo é possível graças ao crescimento económico! Crescimento sem limites é impossível. Porque? Porque dependemos da terra e dos seus recursos… Porque o homem não pode estar com pressa para sempre… e o crescimento é interminável, tornando-se insuportável… Concretamente, o desenvolvimento dos países do hemisfério sul é o resultado da sua divida para com os do norte, obrigando os países emergentes a adoptar uma economia ocidental, enquanto os seus recursos estão a ser explorados para o ocidente. Impossível um pais pequeno crescer e viver como os grandes! Se os grandes não reduzirem! Para atingir um nível de vida ocidental, o país tem de explorar o trabalho e os recursos de outros povos. Alimentar uma situação paradoxal. Porque só alguns beneficiam esta situação.

Em casa bombardeamo-nos com dívidas para instituições financeiras, os líderes do estado são forçados a submeter-se permanentemente a estas instituições, aderindo às políticas de austeridade. Esta sociedade de consumo reforça a nossa divida, a nossa submissão ao trabalho e a dependência dos recursos do sul. Instala-se a crise ecológica e de saúde. Trabalhar mais é simplesmente ridículo! Deveríamos nós ter evoluído naturalmente, tornar a sociedade menos trabalhosa, aceder a partilha do excedente para redução geral do tempo de trabalho. Estrategicamente, a produção de necessidades devem ser recolocados, de modo a que cada área geográfica possa incutir a sua soberania alimentar. Já não vamos lá com revoluções económicas, mas com uma revolução psicológica, invertendo os nossos valores onde a igualdade teria de assumir o seu real significado. Uma parte da actividade de hoje em dia é contra produtiva devido a pressão social e ecológica que ocasiona.

Uma lição para esta história, é de não estigmatizar os indivíduos na margem da nossa sociedade de consumo como os pobres e inactivos, porque pragmaticamente falando, os seus impactos ambientais e sociais são bem menores do que o consumidor médio. E para cada emprego inútil que suportamos, é a comunidade que tem de suportar os custos indirectos. Estilo de vida simples e local não deve ser estigmatizado porque ser produtivo não é sinónimo de felicidade. Há que ter em consideração as nossas necessidades do amanha antes dos prazeres de poucos. Não são necessárias ditaduras, o movimento tem de ser nosso. Mostrando ao nosso redor que este mundo tem mais cores do que aquelas que eles só vêm!
"Os meus olhos" JC

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ponham-se finos senhores deputados

Num jantar de Natal do PS em Castelo de Paiva, o vice-presidente da bancada do PS referiu que Portugal devia ameaçar deixar de pagar a dívida nacional.
«Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses – ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem», disse na altura em declarações captadas pela Rádio Paivense FM e retransmitidas hoje pela Renascença.

E se todos os portugueses que pagam impostos dissessem em alto e bom som, para todos ouvirem, Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara do governo - ou os deputados se põem finos ou nós não pagamos.

Como posso olhar com bons olhos para o futuro quando senhores como este dizem estas atrocidades.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bairro do Aleixo

  Foi hoje demolido um edifício no famoso bairro portuense. Chegou-se há conclusão que na demolição foi libertado tanto pó para o ar, escondido na estrutura, como a quantidade suficiente para os Xutos aguentarem um concerto inteiro no Pavilhão Atlântico.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Trocadilhos de Opinião

  A prestigiada revista Time, norte americana, elegeu como Personalidade do Ano de 2011: 
A figura do Manifestante. 

Mas agora fiquei na dúvida, estavam a considerar as revoltas árabes ou os piqueniques da Avenida da Liberdade?

Educação

  Nuno Crato, tem tudo para fazer a tão vital reforma na educação. Com o país a ferro e o fogo, os cortes e reformas vitais na educação são considerados mal menores para o Povo - excepto para os professores, claro está... E esta aqui criada uma oportunidade de ouro, para decididamente começar a educar Portugal.

  Começou bem, com reforço das disciplinas vitais, e acabar com aquela fantochada que é as disciplinas não curriculares. Mas não pode ficar por aqui, tem que ir mais longe, muito mais, até ao ensino superior. Se não conseguir ir tão longe... Bem, sempre podemos dar a pasta ao Vítor Gaspar, com esse fico descansado que vamos até ao fundo... da questão.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Portugal dos famosos

  Sinceramente só eu é que me sinto indignado desta história toda do Carlos Martins? Ok, o filho dele precisa urgentemente de um transplante de medula, e quantos mais estão na mesma situação que ele? Será que se fosse o filho de outra pessoa que não fosse famosa o país iria parar da mesma maneira em redor desta situação? Iriam ser feitas entrevistas e passaria constantemente coisas na televisão acerca disso? Todos os portugueses iriam ao hospital fazer os testes? É triste ver que uma situação que é grave mas que não é nova ter tanto alarido por ser o filho do Carlos Martins. Para ti Carlos espero sinceramente que no meio de tantas pessoas se encontre uma compatível, e para o resto dos portugueses espero que comecem a preocupar-se sempre com estes problemas, não só quando se trata de um filho de alguém famoso.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

2%

  Especialmente porque me sinto frustrado, quero dar uma nota sobre as novas medidas de austeridade. Se os salários só por si são miseraveis, agora nem subsidios, despedimentos facilitados e 2% de aumento a pensões de 189 a 290 euros. Como pode um país estar a oferecer ordenados tão miseráveis, praticar preços de múltiplos bens essenciais equiparados com os grandes da europa e ter medidas destas comparadas com paises que PAGAM aos trabalhadores. Não admira o crescer do recurso ao credito. Talvez um abanão violento como o de 1755 fará mexer esta nação e voltarmos a levantar ou então ficar estendido no chão. Sempre há aquela hipotese de ver portugal só nas ferias, um pais de turistas e ricos como o desejam.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Moody's passa Europa a LIXO



Hum... Vamos la ver quem é que podemos enviar da Europa para o contentor?
Portugal? Feito!
Irlanda? Feito!




Será possível que perante estas atitudes por parte da Moody's a Europa não faça nada? Qualquer dia no lugar de lermos na capa do jornal este ou aquele país é lixo iremos ler "Moody's passa Europa a LIXO"

sábado, 9 de julho de 2011

Europa


Se durante 1000 anos foi assim, porque agora nos iríamos unir?
A Europa quer se fazer grande para competir com as potências Brasil, China e USA. Gigantes, exportadores, fábricas de trabalho. Mas eles são uno. Nos somos 50 diferente, nunca vai funcionar. Nem sei porque precisamos sequer de querer ter esse objectivo a não ser por uma questão de ego. Um mercado comum (como inicialmente previsto) não significa uma política comum. Até porque nunca o é.
Porque nunca olhamos para o passado para retirar ilações futuras? Europa são várias culturas, ideologias e histórias diferentes. Lá porque uma certa camada bancária tomou conta da sociedade, não significa necessariamente que dignifiquem o povo que representam ou deviam. Não há uma Europa, há várias, e por isso esta Europa do eixo Paris/Berlim nunca resultará, pelo menos para nós... Lisboa, Madrid, Atenas, Dublin... Porque para eles é o EuroMilhões.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Brilhante

" Em 1929 a crise foi dura e prolongou-se por uma década, mas havia sistemas alternativos, o comunismo e o fascismo, cujo desafio forçou os poderes financeiros a agirem de forma racional (arriscavam-se a perder tudo). Desta vez, a crise está a arrastar-se furtivamente, em espasmos de pânico, não havendo desafios ideológicos no horizonte. E este é um problema, pois à falta de alternativa, o capitalismo ainda parece invencível, sem os ser de todo."

Retirado daqui.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ilusões

Um simples drama pessoal. Nenhum conhecimento e nenhuma politica eterna possui. Abordarei varias questões pelo qual manchadas pela população e das conspirações, bem como poderei divagar acerca.
A vida é uma crença vinda dos nossos arredores informativos. A nossa visão do mundo é portanto imaginária, nada é fundamentalmente verdadeiro ou falso, o que leva a ser tudo subjectivo. Vivemos um presente informativo e um passado agregado a crenças e escritas. A ciência tenta ser a mascara da verdade, a verdade transmitida. A religião é uma ilusão, bem como a formação do universo. Terei eu o direito de criticar um facto apoiado por milhões? Vamos nós crer em algo que não vemos? Quer queiramos quer não, temos o nosso espírito condicionado. O homem sente a vida inteira a necessidade de se agrupar a algo, a viciar-se, a quebrar a lei, fugir ao direito, a superar, a matar, a rezar entre muito mais. Facto, que durante a nossa existência temos sido facilmente domados, moldados pela imposição de regras, pelo amor, dinheiro e pela morte. Aprendemos a temer a prisão e a morte, assim obrigados a permanecer no círculo vicioso e aceita-lo.
Hoje em dia todos temos em mente o mesmo princípio de vida ideal, as mesmas informações como bem sabemos quem são os culpados das tragédias do 11 de Setembro 2001 e na ocultação da verdade sobre o 21 de Dezembro 2012. É possível estar a fugir da data certa, tratando-se de uma conspiração… Pouco importa a verdade oculta, todos acreditamos no mesmo. Admitir que a nossa visão do mundo é baseada em representações mentais, subjectivas e influenciadas pelo sistema informativo.

Agora uma anedota da 1º Guerra mundial numa troca de mensagens entre soldados, para explicar a actual falta de equilíbrio nas discussões sobre as crises mundias e nas possíveis alternativas possíveis: “A situação era catastrófica, mas não era grave”. Em seguida, recebeu a resposta dos aliados austríacos afirmando que a situação deles era “grave, mas não catastrófica.”
Tal e qual como: “Uns acham que vivemos uma situação catastrófica, mas que não é grave. Outros que a situação é grave, mas não catastrófica.”

Agora para completar. Defendo a alternativa à imposição do capitalismo como única lógica possível de organização. Também critico a forma como os médias e os governos pautam a discussão ambiental. O derrame da BP nos Estados unidos, por exemplo, foi um problema ambiental e foi transformado num problema legal. Discutiu-se o se a empresa teria de recompensar e de quanto seria essa multa. “Yes we can” e “pumbas” toma lá disto! É a nossa degradação ecológica e intelectual pela mundialização da burrice. A vida do intelectual é colocada num elevado posto, pois permite um maior e melhor controlo massivo.
É preciso colocar um fim à predominância da ideologia capitalista, já que a maioria das pessoas age como se não houvesse outra alternativa. Os problemas que enfrentamos são comuns a todos nós, por isso o comunismo é uma alternativa. Nenhuma solução isolada resolverá alguma coisa. Há que pensar numa forma de organização política que esteja deslocada dos grandes braços do polvo. Sejamos razoáveis, a todo o momento, dizem que o comunismo é impossível. Impossíveis são os estudos para nos dar a imortalidade, ou o uso da telepatia. Portanto, o que é fundamental é impossível. Ora na China há muita proibição de qualquer realidade alternativa, no ocidente, só encaramos a realidade como se ela só pudesse ser dessa forma, sem oposição nenhuma.
O Capitalismo absolve críticas que recebe e transforma-as em novas fontes de lucro, como grandes marcas que se dizem solidária e colocam 1% das verbas do produto para crianças famintas, ou para plantação de árvores.
É certamente algo que não agrada a toda a gente, pessoas mais preocupadas com a televisão, roupas, carro e o trabalho. Haverá o direito de culpar alguém que requer alguma tranquilidade? Não, de nenhum modo, são apenas marionetas feitas por paranóicos com planos arruinados. Todavia, o martelo ressoa melhor sobre a bigorna. Utilizar o verdadeiro sentido da palavra para tentar perceber o contexto, sem querer manipular nenhuma ferramenta.


“O homem racional, adapta-se ao mundo… O homem irracional recusa-se a aceitar o mundo a sua imagem. Todo o progresso vem do homem irracional portanto”.

"Os meus olhos" JC

segunda-feira, 27 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Rui Tavares

  Mais um a saltar do barco. Dificilmente não será o fim...

Nobre chumbo

  Bem, já se realizou tantos trocadilhos com o nome do pobre homem, que este é só mais um. Mas o chumbo não foi mais um. Foi o primeiro nobre chumbo da história da assembleia. Acho que se perdeu a oportunidade de ter um verdadeiro independente a presidir a assembleia. Mas ganhou-se mais uma prova do seu carácter, afinal tornou a voltar com a palavra atrás, e fica como deputado. Mas um nobre deputado. Quão arrependido estou no teu voto... O que vale é que já sabia que não ganharias, afinal nunca votei em quem ganhasse.
  Continuando na senda de trocadilhos idiotas, espero que o próximo líder do PS seja mais seguro que o antecessor. Dois nomes frescos no panorama político dos trocadilhos idiotas, que antes estava reduzido a Pita Ameixa, Bravo Nico, Carlos Moedas, Mariana Aiveca, Paulo Pisco sem falar na Assunção Cristas, que devia de ter uns pais que pouco ou nada gostavam dela.

Um fenómeno interessante: Apenas os partidos de direita, têm estrangeirismos... Lynce, Farmhouse, Tender, Seufert, Bourbon, Bettencourt ou até Canavarro! são alguns dos nomes que encontramos em apelidos na bancada parlamentar da nau governativa.... coincidências.

Já começou.

  "Vamos fazer de Portugal, a economia mais liberal da Europa".


Pedro Passos Coelho dixit.

domingo, 19 de junho de 2011

Sociedade actual com o trabalho

Desde os anos 80 que não vemos fim aos nossos dias, de duro esforço diário incessável. A explosão do trabalho tem tornado o mundo muito produtivo, ao ponto de tornar os bens acessíveis aos mais pobres, e estes, obtendo poder de compra, iriam criar mais trabalho a outros ou a eles mesmos com a ajuda do avanço tecnológico, como é óbvio. A inovação tem sido o ponto-chave para esta sociedade. Havia a possibilidade de já não termos necessidade de trabalhar tantas horas. Porque estamos nós numa situação inversa? Em que temos de trabalhar muito mais para ganhar um pouco mais? Somos a sociedade mais trabalhista de toda a história da humanidade. Na idade média, o trabalho era escravatura, tortura vindo do latim. Era substancialmente reservado aos pobres. Depende das ideologias, na altura também poderia ser um meio para agradar a Deus. Hoje em dia, quem não trabalha é uma pessoa prestigiada, uma verdadeira conquista!

Começou-se a trabalhar um dia sobre três. Até que surgiu a revolução industrial e começou a surgir o capitalismo. O homem forçou-se a ter de trabalhar como nunca antes. Produzir riqueza era prioridade. Acabando com a cegueira da falta de luz e controlo do tempo, podíamos trabalhar fora de horas. A produtividade explode! O capital voa, e os trabalhadores lançam-se na era do consumismo. Acabou de ser uma necessidade, a partir de agora passava a ser uma obrigação, trabalhar. Esforço humano em troca do dinheiro, um emprego. As necessidades básicas para a sobrevivência foram ultrapassadas pelo desejo. As quantidades produzidas foram tantas que já se justificava uma quebra no horário de trabalho? Ou uma sociedade baseada no consumismo? Assim escolhido pelos sindicatos, o consumismo instalou-se! A produção é tal que temos que conservar alimentos usando conservantes e pulverizar terrenos agrícolas para uma super-produção.O sonho do luxo, um paraíso. Produtivismo, crescimento, potencia, trabalho e consumismo em troca de direitos sociais. O emprego está atrelado ao consumismo. Isto tudo é bonito, mas não se pensou nos recursos finitos que o planeta possui. Assim começa o assalto a natureza e ao seu abuso. A nossa pegada ecológica é enorme! Para vivermos como os Estados-unidos são necessários 6 planetas. Ser produtivo é sinónimo a tirar os recursos de outros países mais vulneráveis. Temos que transformar a natureza em materiais produzindo muita poluição. A actividade humana cria poluição, e esta cria alteração climática. Esta perda de controlo dos nossos super-sistemas torna o negócio difícil, pois o crescimento não pára.

Tivemos que criar empregos forçados, publicidade (lavagem de cérebro) a própria pornografia, as finanças e os média são exemplos. A educação, a saúde e as ajudas sociais são cada vez mais privatizados. Estes sim são bens!

O trabalho faz classes sociais e beneficiados, já é um ciclo. Um simples objecto faz mexer uma centena de pessoas desde a sua produção até estar nos nossos lares.

A igualdade neste sistema é fundamental e tem de ser preservada, mais a fossa hierárquica cresce, mais razões têm os mais fracos. Não temos muitos meios para contrariar esta solução enraizada. O materialismo é mais que uma religião. Vivemos para os nossos bens, trabalhamos para os adquirir! Babamos as revistas com os luxos dos ricos! Mas já estamos tão conformados com tal, que é muito difícil entrar na cabeça dos inteligentes. Vejam o tio Picsou como exemplo. Desde pequenos que ouvimos o hino do consumismo, até nos dejectos que deixo na sanita!

Para isso temos o álcool, as drogas, as depressões e os suicídios como antibiótico. São um dos únicos crescimentos enormes que temos.
Estamos a criar ódio. Ódio ao poder, ao querer lá chegar, o poder do dinheiro e a quem o possui. Mais ricos somos, mais dependentes ficamos, ao contrário dos pobres. Viva a Liberdade sufocante!



"Os meus olhos" JC

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E.Coli

Queria aumentar o caudal para o ramo biológico. Após a gripe suína, a gripe das aves e agora Escherichia coli. Uma bactéria que temos nos intestinos, como todos sabemos. Surgiu de legumes e agora já se diz que o LIDL vendeu Hambúrgueres de vaca, em Lille com a bactéria. Queria realmente saber das vossas opiniões sobre estes caldinhos farmacêuticos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

PS no seu melhor

Parece que vamos ver atrasada a tomada de posse por uns míseros votos...
Pelos menos segundo Lello
Análise reforçada por um pisco
Mas já desmentida por Assis.
Entretanto num partido sem líder, reinam todos e ninguém se entende.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Divagações (i)



  Santa Apolónia, saio do comboio e as pessoas atropelam-se. É a confusão total. Um cargo a manter. Um atraso a evitar. O chefe que ralha, o superior que castiga, o patrão que despede. Lisboa, plena no seu esplendor,  rejubila em toda a sua beleza. Insensível aos problemas dos teus trabalhadores, turistas ou moradores, a ela pouco importo o atraso, o emprego ou a reunião. Do alto da encosta, maduros edifícios observam-me e compreendem a minha revolta. Que raio de tempo em que vivemos.
  Continuo o meu caminho, desligo a música. Fico a ouvir Lisboa, no seu palpitar de vida. Hora de ponta, que raio de tempo que está hoje. Ou de falta dele, não do tempo meteorológico, do tempo dos segundos, daquele que falta sempre, ou do que demora a passar, nunca aquele tempo que está a andar à velocidade correcta. É uma boa questão esta do tempo. Nunca anda à mesma velocidade e está sempre contra nós. Que  raio de tempo que temos hoje em dia.
  Desço para escuridão do metropolitano, e que raio de tempo em que vivemos. Que vejo quando olho para a janela? Escuridão. Tristeza. Deixo-me a divagar e chego à minha estação, nova corrida às saídas. A alegria de ser o primeiro a ver a luz verde. A notória pobreza de espírito. O triste é vermos imensas almas desoladas. A infelicidade estampada no rosto, a preocupação. É a saudade, o nosso fado.
  A vida é muito mais que um trabalho, que a viagem ao trabalho. A sua beleza não é facilmente compreendida, nem aceite. Muitas vezes ignoram-se esses pensamentos. E sentimentos. A vida será muito mais a viagem de regresso, do que a ida. O verdadeiro momento da vida, é o reencontro connosco próprios, e não o momento da partida. É algo que facilmente ignoramos, mas a vida não é hoje, é sempre o amanhã, a caminhada é o caminho a ser seguido. A busca, é o gesto a procurar. O eu, a pessoa a seguir. E só assim estaremos bem connosco próprios. E com os outros.
  Olho e Lisboa observa-me embelezada pela sua luz linda e única. Mirando-me no seu manto de rosas, de becos e cantigas. Lisboa de tradições e culturas. Lisboa veste-se de Prada ao final da tarde. E é altura que regressar.

domingo, 12 de junho de 2011


'' Esos tecnócratas de cuarta que son unos ignorantes, que no saben un carajo de nada y cobran unos sueldos inmensos… Y en cada crisis que ellos desatan terminan aumentando su fortuna porque son finalmente recompensados por esas hazañas que consisten en haber arruinado el mundo. Ése es un mundo al revés, que recompensa a sus arruinadores. Ni un sólo preso hay en Wall Street que provocaron esta crisis del planeta entero. Y en cambio hay miles de presos por haber consumido marihuana o haber robado una gallina. Es el mundo al revés, es un mundo de mierda, pero no es el único posible.
Y cada vez que me asomo a estas concentraciones lindísimas, de gente joven… Pienso, no, hay otro mundo que nos espera y son los jóvenes los que los llevan adelante, esos jóvenes despreciados por las elecciones regidas por el interés de los partidos políticos donde los jóvenes no votan ''

Eduardo Galeano, é um jornalista e escritor Uruguaio nascido em 1940. Tem mais de quarenta livros publicados e traduzidos em diversos idiomas.


Secalhar tem razão até porque parece que estamos entregues a isto.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Novas Oportunidades

Antes de mais, aos nossos seguidores e aos meus companheiros, peço desculpa pela ausência de “post’s” nos últimos tempos, mas a época de exames já vai longa e a malta tem que trabalhar para se desenrascar. Mas pronto, agora que a disponibilidade é maior, resolvi voltar ao activo com um título polémico.

Não, peço desculpa, mas não. Não vou falar de eleições, nem de vencedores e derrotados, nem de troikinices nem da ida do Sócrates para a prateleira, se bem que de todas, esta última foi a melhor coisa que aconteceu no Domingo passado. Isso e a lata do Francisco Louçã ao atribuir as culpas do fracasso do Bloco de Esquerda aos outros partidos, sabendo de antemão que colando-se ao PCP e recusando negociar com a Troika estava a colocar-se numa posição débil e de muito perigo. Assim e dito isto, hoje escreverei sobre: Novas Oportunidades.

É importante no inicio desta análise, definirmos dois tipos diferentes de Novas Oportunidades. As verdadeiras Novas Oportunidades e as “Novas Oportunidades Sócratianas”. Quanto às verdadeiras nada a dizer. A alfabetização, educação e enriquecimento da população são pilares fundamentais do Estado Social (esqueçam que o Zé existiu nas vossas vidas) que a sociedade se propõe perseguir e alcançar. A vontade das populações de terem habilitações literárias que lhes permitam abrir novas portas e novas oportunidades é total e perfeitamente compreensível, sendo um sinal da sede de conhecimento que ainda temos no nosso Pais.

Mas este lado positivo das Novas Oportunidades têm que ser correlacionado com as suas faces negativas, que sejamos sinceros, são mais do que as que seriam, à partida, expectáveis e admissíveis. Quando Pedro Passos Coelho falou em “certificados de incompetência”, apenas disse, de forma clara, aquilo que muitos estudantes e profissionais sentem na pele todos os dias.

Confuso? Normal. Simplificando, o “certificado de incompetência” das Novas Oportunidades não é, ao contrário do que possa parecer, passado aos que no programa estão inseridos, mas sim, aos outros que percorreram o caminho dito “normal” nos degraus da educação em Portugal. Isto não quer dizer, obviamente, que uns sejam melhores que outros. Nada disso. Quer apenas e só espelhar, uma desigualdade abismal que toda a gente vê mas que ninguém quer ver.

Confuso outra vez? Óbvio. Aquilo que quero dizer é que as Novas Oportunidades permitem aos seus alunos fazerem com pouco esforço e dedicação (comparativamente) aquilo que os outros fazem suando muitas vezes sangue e suor. Ninguém no seu perfeito juízo, pensa que terminar o 12º ano pelo ensino normal é a mesma coisa que fazê-lo através do programa supra referido. Não tem qualquer semelhança, seja ao nível de preparação seja ao nível de exigência. Então qual a solução? Simples. Repensar a organização das Novas Oportunidades, continuando a dar a oportunidade às pessoas de se instruírem e de obter mais e melhores atributos educativos, mas retirando a opção de estas seguirem para o ensino superior. Porquê? Porque o ensino superior pressupõe uma enormidade de capacidades cognitivas e de estudo, que permitam-me a franqueza, um aluno das Novas Oportunidades à partida não tem, e que, mais importante ainda, não trabalhou (seja por facilitismo seja por impossibilidade) tanto como quem percorreu o caminho dito regular.

Assim, e finalizando, o mais importante era que as Novas Oportunidades não tivessem sido apenas e só números de faz de conta, mas uma verdadeira ideia de ajudar e igualar as pessoas no que ao nível educacional diz respeito. Se é um atestado de incompetência? É discutível. Se é um programa defeituoso, desigual e injusto? Disso não tenho qualquer dúvida.

terça-feira, 7 de junho de 2011

As fissuras do Bloco

  Era esperado. No meio de tanta salgalhada, onde coube de tudo, num bloco à esquerda onde havia lugar para todos mais tarde ou mais cedo estas divergências iam acontecer. Desde a União Democrática Popular, marxista, passado pela Política XXI (que já nasceu de divergentes de outras causas...) e acabando no Partido Socialista Revolucionário (trotskista), sem se esquecer os dissidentes do MRPP, do PCP e até do PS. Ou seja era uma mistura de ideologias mal concebidas, até entrando em conflito em certos pontos mas com imenso em comum, afinal eram todos ramos do comunismo, sejam eles maoístas, troikskistas ou mandelistas. Por falar em comunismo, é extraordinário a conotação negativa que esta palavra ganhou, devendo-se à URSS e ao poder capitalista, é significativo como um movimento que defende a abolição de diferenças entre classes, uma sociedade igualitária de direitos e deveres e numa forte defesa da classe operária rapidamente se transformou numa palavra do diabólica em termos de conotação. A força das palavras é enorme.
  Bem, mas no meio de tantas diferenças e conflitos ideológicos como é que a "coisa" funcionou até agora? Porque tinha um fortíssimo "cimento" que envolvia a estrutura e a tornava coesa. Como ontem muito bem referiu Miguel Sousa Tavares, esse elemento é Louça e se ele sair não existe ninguém com capacidade para aglutinar as bases em prol de uma causa maior, e será o fim do bloco como o conhecemos.
   Então quais são as diferenças? O curioso é que são muito poucas ou praticamente nenhumas, todas querem promover  socialismo através de revolução. Assim se definem. Os trotskistas através de uma revolução contínua e permanente, outros mais drásticos. Mas isto é ideologia fundadora, de orientação. Já não estamos mais no século XIX, alguém acha mesmo que se fará uma revolução armada agora e que se tomará conta do poder? Sejamos claros, esses tempos não existem mais, então ficamos com a sociedade, os seus deveres para com ela. E já não é pouco. Podem não acreditar mas governar é difícil.
  Esqueçam os ideais revolucionários do século XIX, senão arriscam-se a parar no tempo como os vizinhos do lado. Mas vocês não têm história, e com isso todo o significado subjacente a isso. Desde militantes a convicções enraizadas. Faltam alternativas firmes e capazes à esquerda. Faltam soluções. Agora é tempo de agir, repensar e actuar. Pratiquem a revolução mas interna, para poderem exercer aquilo a que se propõem, que é apresentarem soluções, propostas e causas de luta. Ao excluírem-se dessa luta, excluem-se do raio político capaz. Se é que lá estiveram algum dia...

PS:  E por amor de deus, tragam de volta a Joana Amaral Dias como diziam ontem aqui o JB! Falta gente assim na política portuguesa!


segunda-feira, 6 de junho de 2011

DesBLOQueador da Esquerda



  Ontem a denominada esquerda portuguesa sofreu uma derrota pesadíssima. É um facto. Que fez tudo para que isso acontece-se é outro. E assim de fecha um ciclo na esquerda portuguesa. Mas não se fecha a esquerda, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa.
  O PCP não entra nestas contas, tem um eleitorado fixo e estável, varia muito pouco. É coeso e tem uma forte máquina partidário, ou seja nunca sobre muito nem desce muito. Já o Bloco e o Partido Socialista são os grandes derrotados destas eleições, e apenas por culpa própria. O bloco de há um ano para cá, tem enfrentado grandes cisões internas fruto de políticas controversas. O apoio a Manuel Alegre, numa tentativa de consolidação próxima do PS pouco efeito surgiu, pois os militantes socialistas não olharam para o bloco como alternativa nesse prisma. O bloco procurou seguir outro tipo de política, o de ser uma alternativa válida à esquerda, mas errou no caminho. Ao não negociar com a troika, transformou-se num partido meramente contestatário, e para isso já temos o original. Ao ser uma cópia do PCP, o BE só perde. Dele, os eleitores esperam mais, e fizeram-no pagar por isso. E agora terá que explicar como apresentou uma moção de censura que destruiu a esquerda, reduziu-lhe os deputados para metade e levou uma maioria de direita ao poder. Um ano de políticas ziguezagueantes  transformou o BE numa amostra daquele que pode ser, e que se espera dele. Pelo menos eu. Mas será agora que se decidirá o seu futuro. Um tempo de reflexão e que certamente trará um caminho melhor definido e construído em bases mais sólidas. É na crise que nasce o futuro.
  Para esta renovação da esquerda, muito importará o PS. Que ninguém duvide que o PS voltará fortíssimo e pronto para derrotar o PSD daqui a 4 anos. Terá que escolher bem que caminho irá seguir. Se um discípulo de Sócrates ou se retornará ao seu início, mais intimamente ligado à esquerda. A ala esquerdista do PS adormecida, acordará e tentará dominar os centristas no poder. E só ganhará com isso. Para o outro lado já temos o PSD, terá que ser no eleitorado que perdeu que o PS retornará ao êxito. E não será com António Seguro ou outro qualquer gafanhoto engravatado, terá que ser um político e não um seguidor de líderes. Gostava que avançasse o António Costa. A ver vamos qual será o trilho que os socialistas escolheram para o seu futuro. Mas reafirmo que é uma oportunidade única para a esquerda se reinventar e progredir. A mudança que se ouve em todos os slogans de 4 em 4 anos, não pode ser apenas uma palavra, terá que ser uma movimento, um objectivo.
  O grande obstáculo foi ultrapassado (José Sócrates), agora é calmamente saber traçar o caminho.

domingo, 5 de junho de 2011

José Sócrates



  Mais que uma vitória do PSD, esta derrota é tua. Só te resta ir para uma empresa de boys. Até nunca!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

País do III Mundo

  



  Vivermos num país de III mundo, é se fazer imensas autoestradas a ligar cidades onde entre elas não existe fluxo que a sustente. É termos autoestradas paralelas a distar 10km uma da outra, meramente por questões políticas e de interesses obscuros, e que levam precisamente ao mesmo local.
  É chover numa noite e se estar 2horas para se entrar na capital, tal é os problemas - completamente inesperados? - subjacentes a esse factor da natureza. 
  É haver greves todas as semanas nos transportes públicos, apenas porque todos querem trabalhar das 9h-17h e não aceitarem outros horários sem ser em horas extraordinárias. 
  É se pensar que a solução para isso é privatizá-los, porque o gestor que lá anda a pastar €€€, não regulariza a situação.  E no sector privada já se aceita tudo.
  A solução para as empresas públicas (pouco flexibilizadas e estagnadas) não é privatizar é mudar mentalidades. Opta-se sempre pelo mais fácil. É um problema de cultura. É Portugal.

domingo, 29 de maio de 2011

As contratações de Campanha





  E ao fim de uma semana de indecisões e rumores, as dúvidas ficaram esclarecidas. Fábio Coentrão, o ídolo de 6 Milhões de pessoas, não assina pelo Real Madrid ou Barcelona. Mas também não assina pelo Benfica, assinou pelo PS. Ao que parece foi um contrato mediado pelo Presidente da Junta de Caxinas. "Estou aqui a pedido do Senhor Presidente", e foi válido por um dia e apenas serviu para ele ser aplaudido pois "Não me meto nesta coisas da política ". Ou seja, pensava que estava a entrar em campo, e não em campanha.
  É triste, esta nova vaga de contratações que o PS tem que efectuar para os seus comícios. E ainda assim, temos assistido a um contínuo declínio de reforços, se de uma primeira fase Luís Figo foi a cabeça de cartaz, já está época ficamos-nos pelos Paquistaneses, Moçambicanos e outros que tal, que apenas negociavam a presença pois "queriam ser legalizados no País". Percebendo-se disso rapidamente os empresários moveram-se e apresentaram um nome mais sonante, capaz de motivar adeptos e encher comícios. Coentrão, que entrou com todo o fulgor que nos habituou nos relvados e motivou a loucura nas ruas de Caxinas. Não sei se foi motivado por factores €xtra-políticos, como o seu colega de profissão com nome de fruta. Esse sim, uma verdadeira fruta podre. Mas é triste que celebridades se vendam assim, sabendo do poder que têm junto de certo tipo de camadas da sociedade. É que acredito mesmo que existem pessoas que votarão PS devido a Fábio Coentrão. 
  Felizmente, ainda existe carácter e personalidade. Souto Moura, Siza Vieira e Alcino Soutinho (Museu do Neo-Realismo) recusaram um convite de José Sócrates para tomar o pequeno almoço, pois combinado para ser privado, tornou-se rapidamente numa acção de campanha publicamente anunciado. Eles que já tinham anunciado o seu apoio a outro partido... 
   Mas ao que parece para sanar todo este contratempo já se fala numa possível troca entre Teixeira dos Santos e Luís Amado com Lionel Messi. Tudo indica que poderá ser anunciado amanhã, para ainda vir a tempo de umas arruadas e comícios. Ai, triste figura.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Memorandos



  Quando José Sócrates se atrapalhou com a falta de tradução do memorando foi justificado. Afinal não sabia de qual dos memorados se estava a falar. Sim, porque há dois.   Há o soft para enganar o povinho e a malta ficar contente. E o qual os partidos assinaram. E há o sério para os amigalhações de Bruxelas. Aquela Europa, que sempre admirou o Socas. Combinado entre os Ministros das Finanças da União Europeia.

  Agora tenho uma pergunta, que legitimidade teria Teixeira dos Santos para definir e assinar o programa para os próximos anos, estando demissionário e sem consultar a oposição - ou sequer alguém de direito?
  E outra, ganhado o PSD qual acordo é o vinculativo, o que assinou ou o foi assinado pelo nosso governo?

  O que se passou no comício do PS no Algarve, é uma lufada de ar fresco na campanha. Finalmente na televisão falou-se no PS sem se ouvir, com aquela voz típica de quem foi um vítima : " A culpa desta situação é daqueles que nos atiraram para esta crise política. Aqueles que estavam sedentos de poder, e colocaram em causa o futuro de Portugal, baseado em sondagens favoráveis" ou algo parecido. Sim, nem foste tu que lá tiveste nos últimos 6 anos...

Pedro Cala-te pá!



  Referendo ao aborto? É assim que queres ir buscar votos à esquerda descontente?!



 PS: Esta notícia, faz me pensar que não sou assim tão louco. Quanto tempo até chegar a nós? Ou se falar disto?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Por um Portugal melhor


O apelo ao voto é universal. De todos os quadrantes, de todos os partidos. Até dos nobres apartidários.

Eu vou ter um governo cheio de boys.
Vou ter um governo que encomenda estradas ao colega Jorge Coelho.
Vou ter Parcerias Público-Privadas cheias de ex-políticos em cargos administrativos.
Vou ter um País com a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos. (desde que há registos)
Vou ter um País com o pior crescimento económico da zona euro.
Vou ter um País com uma dívida a rondar os 100% do PIB.
E sem contar com as PPP e empresas públicas.
Um País com a maior dívida externa dos últimos 120 anos.
Vou ter dívida externa bruta 8x maior que as exportações.
Uma DEP de 240% do PIB
E uma DEL de 110% do PIB.
Um País com a maior taxa de emigração dos últimos 160 anos.
Vou ter a maior fuga de cérebros da OCDE


Vou ter um País onde 20 gestores sozinhos têm mil (!!!) lugares de administração de empresas nacionais. Recebem em média 300.000€ ano, alguns chegam aos 2.500.000€/ano.

Tivesse toda a gente a capacidade de trabalho e de empreendorismo destes senhores e estava o país bem. Imaginem cada um de nós a produzir por 50!

Vou ter um País... Que é o que merecemos. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Queridos Pai e Mãe

Hoje dedico um dos meus ( muitos?) posts à comunidade juvenil, em particular aos estudantes universitários.
Como sabem, ou deviam saber, senão são uns completos ignorantes ou numa segunda hipótese uns completos alunados, está a chegar aquela altura dificil do semestre em que ou vai ou racha. Pois bem, tenho uma solução parcial para os que racham (espero que muita gente não precise usar estas desculpas, mas se precisarem lembrem-se do tipo daquele blog equiparado ao brilhante sorriso do Paulo Portas e como ele vos salvou parcialmente a vida e talvez um bocado do vosso fisico, visto que ainda podem ter levado uns quantos tabefes só para não voltarem a pregar o mesmo susto aos vossos pais).

Começem por escrever uma carta aos vossos pais dizendo algo do género :

"Querido Pai e Mãe

Já faz 3 meses que estou na Universidade, e demorei muito tempo a escrever-vos. Peço desculpa pela demora, mas agora vou colocar as noticias em dia. Antes de continuar, por favor, sentem-se. Não continuem a ler antes de se sentarem ok?
Agora já estou melhor. A fractura e o traumatismo craniano que tive ao pular da janela do meu quarto em chamas, ao chegar aqui, estão praticamente curadas. Passei só duas semanas no hospital, a minha visão está quase normal e aquela terríveis dores de cabeça só voltam uma vez por semana. Como o incêndio foi causado por um descuido meu, teremos que pagar à Universidade 25000 mil euros pelos danos causados, mas isso não é nada, pois o importante é que estou vivo. Felizmente, a empregada que trabalha na lavandaria em frente, viu tudo. Foi ela quem chamou a ambulância e avisou os bombeiros. Também me veio visitar ao hospital, e como eu não tinha para onde ir, já que o meu quarto ficou reduzido a cinzas, teve a gentileza de convidar-me para viver com ela. Ela tem o dobro da minha idade, estamos perdidamente apaixonados e queremos casar. Apesar de não termos ainda fixado a data, espero que seja antes que a gravidez seja muito evidente. Pois é, queridos pais, vou ser papá. Sabendo que vocês sempre quiseram ser avós, tenho a certeza de que acolherão muito bem as crianças (são trigémeos), com o mesmo amor e carinho que me deram quando eu era pequeno. A única coisa que ainda está a atrapalhar a nossa relação é uma pequena infecção que a minha noiva apanhou, e que nos impede de fazer os exames pré-matrimoniais. Eu também, por descuido, acabei por me infectar, mas estou melhor com as doses diárias de penicilina que agora tenho de tomar. Sei que vocês a receberão de braços abertos na nossa família. Ela é muito amável e, apesar de não ter estudado, tem muita ambição. Da mesma forma, apesar de não seguir a nossa religião, tenho a certeza que vocês vão ser tolerantes. Tenho a certeza de que a amarão tanto quanto eu. Como ela tem mais ou menos a tua idade mãe, tenho a certeza de que se darão muito bem e que se divertirão muito juntas pois, como a casa onde vivemos é muito pequena, pretendo voltar para casa com toda a minha nova família.
Os pais dela também são pessoas muito boas. Parece que o pai dela foi um marceneiro famoso na aldeia africana de onde eles vieram.

Agora que já sabem de tudo, é preciso que lhes diga que não ocorreu nenhum incêndio, não tenho noiva, não tenho filhos, que não há nenhuma verdade nesta história.

A verdade é que tirei 2 a Matemática, 1 a Biologia e 0 a Física. Apenas quis mostrar-vos que existem coisas bem piores na vida do que notas baixas .

Um beijo do vosso filho que vos ama muito."


Enrascados (nas notas) por esse mundo fora, uni-vos ganhai coragem para mandarem uma carta parecida aos vossos pais, mostrai-lhes que notas baixas não são o pior.

PS: Para os que realmente tiverem coragem de o fazer depois digam como correu, para eu saber se resulta e fazer o mesmo! Ainda não ganhei coragem!

PS 2: De alguma forma se alguém que o fizer, quiser agradecer basta fazer uma contribuição(zinha) para o NIB: 00013051991407815140302.


Saudações Universitárias neste momento enrascado!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Sondem-me!


  Boa noite, hoje fui sondado por alguém para saber o que achava sobre as sondagens. Pois essa sondagem que fui alvo revoltou-me completamente. E nem o facto de ter sido eu próprio a sondar-me, apaziguou os a minha exaltação. É que estou completamente farto de sondagens! Farto! É o 39% na Católica, o empate técnico na Marktest, o 34% para o PS na Aximage, a derrota do CDS na Eurosondagem. É a grande subida do PP na Euroexpansão, ou a maioria de direita para a Intercampus. As agências de sondagens nacionais publicam resultados com tal disparidade que, ou os métodos são uma treta ou estão a tentar influenciar a população.

  Acabo de ouvir Paulo Portas a afirmar que sabe de fonte segura que o PSD anda à largos meses à frente por 6%. Mas que o empate técnico convêm. Ao PS para animar as hostes, ao PSD para chamar os indecisos. É uma acusação forte, mas é capaz de ter alguma verdade. Hoje em dia as sondagens mais que medir o pulso ao povo, servem para moldar a mente ao povo. E é triste.

 Sondar (Fazer sondagem; avaliar): Eu sondo, tu sondas, eles sondam, nós vamos na conversa.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sócrates ou Passos? Passo.



 "Prefere a vitória de José Sócrates ou de Pedro Passos Coelho? Se me pusesse perante esta escolha não saberia o que responder.
  Não lamento, não acho que o PS e este PSD sejam iguais. É verdade que o que Sócrates fará por falta de coragem Passos fará por convicção. Dá, infelizmente, quase no mesmo. Sendo certo que, apesar de ambos claramente incompetentes, o primeiro fará o que a troika decidiu e o segundo tentará ir mais longe. E nisso pode haver uma diferença.
  Só que uma vitória de Sócrates teria como resultado a sua permanência na liderança do PS. Ou seja, o bloqueio, por mais dois ou três anos, do centro-esquerda e do deprimente panorama político português. E o lento reforço da direita. A média prazo, a esquerda (eleitorado do Ps incluído) acabaria por pagar um preço demasiado alto, por esta vitória sem, na prática, ganhar grande coisa.
  A questão é esta: se o programa do próximo governo está decidido, não seria preferível que esta crise servisse para nos livrarmos de Sócrates e iniciar-se uma profunda renovação de toda a esquerda portuguesa? Sem Sócrates tudo ficará em aberto. Com ele, continuará a degradação ideológica e ética do PS e do País.
  O problema é que com Passos Coelho teremos um grupo de lunáticos extremistas no governo. Sem ele, o PSD rumará ao centro para o bloco central. Com ele, a direita chega ao poder no momento em que o ataque ao Estado Social é mais fácil e em que tem a direcção mais radical da sua história.
   Isto não está fácil para quem, à esquerda, se resigna ao "voto útil", que , como dizia Adriano Moreira, só é útil para quem o recebe.
   A resposta, quanto ao meu voto, é mais simples : nem um nem outro contará com ele. Sou exigente com a democracia e não sou dos que se conforma com a inútil aritmética que transforma o meu coto em arrependimento mais que certo" 

 Excerto de crónica de Daniel Oliveira (www.expresso.pt)

  Não Daniel, não é nada igual. O que Passos faz por convicção e Sócrates por falta de coragem, não é praticamente o mesmo. É profundamente diferente. É uma questão de carácter, ou de falta dele.
  Concordo contigo, na leitura que fazes na importância que estas eleições podem ter para uma reformulação de toda a esquerda. Sim, e que é necessária, necessário é também o PS, e José Sócrates é um entrave a essa reformulação política. Mas o problema das política é mesmo esse, achar-se que esta solução é aceitável porque nos pode vir a beneficiar no futuro. Hoje entregamos a crise difícil aos outros e amanhã lucramos com isso. Sei que é anti-politico mas o pensamento devia ser o bem nacional, comum e não o partidário.
  Esta campanha prova que se não for um governo de lunáticos será próximo, passo o eufemismo. Mas sinceramente, confio no Pedro Passos Coelho e no Paulo Portas (sim também lá andará!) para gerirem a gaiola das loucas que se tornou o PSD, onde cada um fala à sua maneira. Concordo contigo no ataque ao estado social. Mas espero que seja feito em consciência e com ponderação. Há coisas que necessitam de ser alteradas e repensadas, e parece-me que Passos Coelho está disposto a isso. A isso e ao diálogo, que é algo vital no futuro, e não à ditadura imposta por Sócrates.
  E por isso vou optar pelo voto útil, onde qualquer voto que não seja no PSD será um voto no Sócrates. Se me vou arrepender? Provavelmente. Se vai contra as minhas ideias? Em parte. Mas dia 5 de Junho, pensarei no bem nacional, e em quem se enquadra melhor na gerência governativa com a Troika. E em consciência votarei PPD-PSD o partido do Santana Lopes.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Momento RAP

 "As próximas eleições disputam-se sobretudo  entre um homem que garantiu que não governaria com o FMI e agora se candidata a governar como FMI, e outro que não apoiou o PEC 4 por ultrapassar os sacrifícios que se podem exigir aos portugueses e agora propõe sacrifícios adicionais aos portugueses. O normal.
O conteúdo da campanha será ainda mais previsível. Tomei a liberdade de redigir, para ilustração de todos os eleitores, uma minuta do guião dos tempos de antena do PS e PSD. Não andará longe disto: "O acordo com a troika tem aspectos muito negativos por culpa da acção irresponsável do ___, mas acaba por ser muito melhor do que esperávamos devido ao extraordinário talento negocial e amor patriótico do ___." os espaços em branco serão preenchidos alternadamente pelas siglas PS e PSD, consoante o partido que esteja nessa altura a comunicar a sua ausência de novas propostas ao bom povo. E, no final, o bom povo preencherá determinado quadradinho branco com uma cruzinha, escolha que também costuma fazer alternadamente com as mesmas siglas."

 Antes de ser criticado pelo menos caros colegas sobre o programa do PSD, queria só afirmar que não duvido da necessidade do mesmo (em alguns pontos...). O problema foi ter afirmado o contrário só para "povinho ver" adulterado aqui uma expressão tão típica quanto real.

PS: Para além do futebol, o humor parece ser a única área em que transbordamos talento, deve ser por isso que o País parece um circo.

(excerto de crónica de Ricardo Araújo Pereira in Visão 'Boca de Inferno')

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vamos despedir os politicos


Bem caros leitores gostava que começassem a dar a vossa opinião e como tal deixo aqui um video para saber o que pensam.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Afinal de quem é a culpa?

"Pena que se tenha chegado tão tarde a esta conclusão, mas a geração
dos que passaram "privações", quis dar aos seus filhos aquilo que não
teve e que pensava ser o "melhor" para eles....???

Um dia, isto tinha de acontecer.

Existe uma geração à rasca?

Existe mais do que uma! Certamente!

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa
abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondedo-lhes
as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar
com frustações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.

Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância
e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus
jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a
minha geração e as seguintes (acutalemnte entre os 30 e os 50 anos)
vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós
1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustações, os pais investiram
nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles
a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes
deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais
de diversão, cartas de condução e 1º automóvel. depósitos de combustível
cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as
expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou
presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o
melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas
vezes em susbtituição de princípios e de uma educação para a qual não
havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado
com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A
vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem
Pavilhões Atlânticos e festivais de música, bares e discotecas onde
não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar
a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário
de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e
da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que
os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade,
nem dos qualquer coisa phones ou ypads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter
de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e
que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm
direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectactivas,
porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem,
querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo
menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por
escolas e universidades mas que estudou pouco e aprendeu e sabe na
proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que
o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois
correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade
operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em
sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso
signifique quue é informada; uma geração dotada de trôpegas
competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustada por
não pode abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração
que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que
queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a
diferença entre emprego e trabalho, ambicioando mais aquele do que
este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo
como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as
foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito supérfluo que o pouco não
lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de
montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o
desespero alheio.

Há talento e cultura, capacidade e competência, solidariedade e
inteligência nesta geração?

Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que deteêm estas capacidades caracteristicas não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firma
convicção e que a culpa não é deles.

A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem
fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e
a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.

Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo de um exagero meu, de
uma generalização injusta.

Pode ser que nada/ninguém seja assim."

Daqui a uns tempo também nós, também a nossa geração vai ser culpada, porque recebemos tudo o que os nossos pais nos dão e queixamo-nos sem lutar para mudar, ou sem lutar para ultrapassar os problemas.

No final de quem vai ser a culpa?

Não de uma geração mas de uma bola de neve de gerações que não soube levantar a cabeça e fazer a escolha certa!

Era uma vez Portugal dos Gatos e dos Ratos

Hoje não me alongo em divagações idiotas. Fiquem com a maravilha que é este vídeo. O Portugal dos gatos e dos ratos. Fábula tão antiga, e tão actual. Até parece feito por nós. Uma maravilha.



Isto também serve ao interesse do : "Oh! És de esquerda! Por Favor!"


Gato Preto:






Gato Branco:


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ideologia Militante

  Os partidos políticos são meros veículos vinculativos das nossas ideias, o suposto é eles nos representarem e assim conseguirmos fazer "ouvir" as nossas ideias ou pensamentos a nível nacional. Ou seja em termos representativos devem ser eles a voz do povo, ou pelo menos da fracção que se lhes é militante. Mesmo que seja o Partido da Terra ou o Movimento Mérito e Sociedade. É que de PT os mais conhecidos são aquela empresa portuguesa que é gerida por um monhé, e aqueles jovens musculados que fazem emagrecer os gordos supostamente só lhes gritando palavras de incentivo. Já MMS, basta se ter um telemóvel e menos de 30 anos para se saber o que é. 40 vá. 

  Esta conversa vem a propósito de uma conversa com amigos sobre as parvoíces que vamos escrevendo por aqui. Diziam-me que manifestava claramente as minhas convicções políticas. Bem, isso é óptimo, porque assim podiam me ajudar, é que eu não tenho partido e podiam me esclarecer onde encaixava. Se calhar o problema é meu, "uauu 20 e não é militante de nada, coitadinho". Tenho ideias, tenho convicções, que são as minhas. Não são a do PSD, PCP ou BE. São as minhas, até porque nunca votei duas vezes no mesmo partido. Bem, só pude votar duas vezes por isso não pensem que sou assim tão Fernando Nobre.

  Voto conforme os assuntos, consoante os temas as minhas preferências vão de encontro a quem me identifico. Por exemplo, sou a favor do aborto, da despenalização das drogas leves, do casamento homossexual mas sou contra o fim das touradas. Até sou a favor dos touros de morte. Então e agora como caviar nos comícios do bloco ou vou às feiras com o Portas? ! Ajudem-me. É que me sinto perdido sem partido. Se calhar se eu tivesse um partido era mais fácil. Bastava eles decidirem a direcção e eu dizia "Amén!". E fazia o que eles diziam. O problema é que não sou católico. Mais uma dica, parece então que não posso ser de direita, pois temos que ser católicos e devotos, ou pelo menos aparentemente. 

  No outro dia, o Ricardo Costa (director do expresso, comentador Sic e um dos melhores analistas políticos da actualidade quanto a mim) referia que a militância do bloco era na globalidade a melhor informada, a melhor preparada, porque é maioritariamente urbana e como tal muitos votos fugiriam de lá, para se tornar votos úteis de esquerda no PS. Isto é muito giro, não fosse dar-se o caso de o PS não ser mais de esquerda. Se o mundo político fosse um planeta, e a sua representação cartográfica fosse um Mapa-Mundí normal, o PS está tão violentamente a chegar-se à direita e por consequência a empurrar o PSD ainda mais para a direita que qualquer dia atiram o CDS borda fora e surge no outro lado, como partido de extrema esquerda.

  Apesar de saber dos males que me acontecerão por afirmar isto, há que reconhece-lo. Não foi fácil, mas hoje ganhei coragem para isso. Mãe, Pai, sou de esquerda. Ou pelo menos tendencialmente de esquerda. Sei que a maioria das pessoas dirão " Ah, é jovem, isso depois passa-lhe". Que é a coisa mais engraçada de se ouvir. Alguém que o reconheça, ser de esquerda é uma doença, um mal que se apanha na adolescência e passa quando nos tornamos adultos e responsáveis. Bem, não sei o meu dia de amanhã, mas prefiro isso a ter  tido no meu carrinho de bebé um bandeirinha laranja, ou que o meu brinquedo em criança, fosse balões rosas ou laranjas. Que na adolescência tenha levado injecções de Cavaquismo. Ou que o meu cérebro tenha sido formatado ao Partido dos meus pais. Ao menos sei que tenho uma doença e que um dia irá me passar.

  Uma das razões porque admiro o Francisco Louça, é porque o pai dele era aquele sujeito que estava ao comando das Fragatas no Rio Tejo no 25 de Abril. Quem viu o filme que já deu 25 vezes na televisão, sabe do que falo, aquele que ameaçou estourar o Salgueiro Maia a tiros de canhão não fosse dar-se o caso de haver um motim a bordo. Ou seja, era um Salazarista convicto. E dessa família tradicional, nasceu o revolucionário e sanguinário líder do bloco de esquerda. Onde pelo menos traçou o seu caminho e segue os seus ideais (certos ou errados). 
  Louça no debate com Adolf Sócrates foi considerado profano, traidor da pátria, tirano, caloteiro, por ousar defender a reestruturação da dívida. Se estivéssemos na idade média, que é o que parece ao assistir a estes debates, teria sido atirado à fogueira. Só que há aqui um factor que parece que ninguém leva em consideração, o Francisquinho das loiças dá um baile a todos os outros em economia, é o mais bem formado, o que mais percebe do assunto de caras. Se esquecêssemos as suas convictas ideologias e era um dos melhores ministro das finanças que podíamos ter. Sei que parece estranho a muita gente, pois como lutou pelas suas ideologias ao invés de enriquecer num banco ou num fmi qualquer, não é visto como gente credível . Ou seja como não se vendeu, não conta, a gente precisa de gente que se venda para os podermos comprar. Ah sociedade capitalista. Hoje fala-se que a Troika defende a reestruturação da dívida grega e os próximos seremos nós. O tempo dará razão a quem a tem. Como sempre.


  Para finalizar, um dos factos que mais me orgulha ser de esquerda, é porque tenho a mente aberta. Pois ao que parece é uma característica unívoca a esquerdistas, pois de direita só há conservadores. E por isso não me choca nada tatuagens, brincos ou penteados esquisitos, o que interessa é a competência, e ver alguém de cabelo comprido e gravata como ministro não me choca. Mas isso é a mim. E por isso para mostrar o longo caminho que temos que percorrer ainda aqui fica a foto de Anders Borg, ministro das finanças sueco. Seria isto possível em Portugal? Sabemos que não. Cá qualquer político tem que ter o cabelo lambido por uma vaca.

domingo, 15 de maio de 2011

Faceleaks

Boa Noite..
Lamento hoje não presentear quem aqui vem com um texto, no entanto gostava de partilhar algo que me reteve muitas gargalhadas numa das minhas viagens pela auto-estrada da informação.
Divirtam-se!








PS: Se não conseguirem ler carreguem na imagem.





quinta-feira, 12 de maio de 2011

Muda o canal sim?

É com grande tristeza que quando eu acordo ligo a televisão e não vejo nada de interessante, sempre as mesmas coisas, novelas, novelas e novelas, e se não forem novelas temos novelas. E justamente quando uma pessoa fica contente por aparecer no canto do ecrã última semana, as produtoras levam-nos sempre a melhor e quando ligamos a televisão na semana seguinte somos surpreendidos com outra novela.
Mas quem fala em novelas pode falar noitra coisa, como querida Júlia, ou aquele programa que tem o jogo do dominó.
Com os 4 canais a transmitir basicamente o mesmo uma pessoa sente-se tentada a aderir ou à MEO ou à ZON, com o objectivo de ver quais vão ser os futuros programas dos nossos 4 canais, e não, não me estou a referir à opção de ver a programação, estou a referir-me à grande falta de imaginação das nossas produtoras que frequentemente copiam programas estrangeiros. Eu sei que custa ver quais são os programas copiados mas se pensarem bem vão encontrar alguns.
Para os admiradores de séries, ou de programas de comédia eu sei que estes existem, e com muito boa qualidade, mas as horas a que estes são transmitidos são ridículas, e tudo com a desculpa da linguagem utilizada ou do conteúdo. Quer dizer há um programa e já me estava a esquecer que é transmitido duas vezes por dia, precisamente à hora da refeição, um programa que passa pequenos sketches de comédia. O jornal nacional, é verdade, adoro aqueles sketches onde entram o Camarada Jerónimo, o Zé Sócrates, o Dr. Leite Campos (que para mim foi o melhor sketch de sempre) ou o Francisco Louçã, entre tantos outros. Se repararem os Gato Fedorento com a concorrência a apertar até decidiram abrir um canal só para eles, e os Homem da Luta que já previam o que ia acontecer concorreram ao Festical da Canção para andarem de novo na voz do Povo. Mas mesmo assim não conseguiram, eles continuam e cada vez com mais força!
Esta na hora de alterar a programação e os actores, o pior é que pelo andar da carruagem, pelas sondagens, parece que o povo quer continuar a ver o mesmo programa, como se fosse uma novela que repete repete e repete, mesmo quando o fim já esta anunciado.
Vamos acabar por neste caso aderir à MEO (FMI) para alterar um bocado as coisas, para vermos outros programas e mais uma vez com vista no futuro. Esperemos é que o próximo programa escolhido por Portugal não seja uma comédia, uma palhaçada e que seja uma coisa do género das sérias que passam para lá da meia noite.
Porque bons humoristas temos nós, agora políticos é que está complicado!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Troikinices Legislativas

Boa noite.
Sim, porque hoje não é uma noite qualquer.
É a noite em que eu fiquei a perceber, realmente, a solução do Partido Comunista Português caso um dia formasse Governo.
Ora deixa lá pensar
... ... ...
AH! Sim faz todo o sentido. A solução é fazer de Portugal um Salgueiros. Leva-se à bancarrota e começamos com outro nome, tipo Alemanha II, ou Merkeland talvez. E assim esquecem-se as dívidas e começamos como se nada fosse. Boa, Jerónimo, hoje foi realmente espectacular. Quase tanto como "críticas ao Governo PS só se perdem as que caiem no chão". Que momento divinal, fantástico mesmo esta forte retórica fundamentada.
Enfim, salva-se os momentos em que os espectadores passaram pelas brasas, de tão enfadonho que foi o debate de hoje na TVI24. Já o de ontem teve momentos altos, dignos dos maiores palcos do mundo, principalmente quando o Eng.Zé se dá ao trabalho de mandar pôr numa capa vazia uma etiqueta a dizer: "Programa Eleitoral do CDS". Onde a palhaçada já chegou, vale tudo nesta desenfreada caça ao voto. Tenham vergonha, façam política pelas pessoas e não para as pessoas.

Quero também esta semana escrever sobre algo que, já há algum tempo, me faz alguma confusão. A organização do PSD. Ninguém duvidará, pelo menos dos que acompanham a vida partidária mais de perto, que esta é, talvez, das maiores oportunidades que o partido fundado por Francisco Sá Carneiro teve de garantir uma maioria absoluta junto do eleitorado. Pois bem, parece que estão a conseguir estragar o que era fácil. As últimas semanas foram pródigas num chorrilho de asneiradas de todos os quadrantes do partido, a começar no Dr. Leite Campos, e a sua tese fantástica a que simpaticamente chamei " Em Portugal, alguém que ganhe 5800 euros líquidos de vencimento mensal, é um pobretanas sem ter onde cair morto" e a acabar no contínuo emitir de opiniões de militantes que em nada abonam o partido que representam. Social-Democratas, façam um favor a vocês mesmo, não digam disparates.
Também me parece óbvio que ninguém tem dúvidas que o Partido Socialista montou uma fortissima máquina de comunicação e marketing, que tem permitido ao seu candidato subir a pulso nas sondagens para o acto eleitoral de 5 de Junho que, diga-se de passagem, caso o PSD tivesse feito o seu trabalho, estariam mais que ganhas mesmo antes da campanha começar. E assim arriscam-se a ser obrigados a fazer Governo com o CDS caso queiram chegar ao poder, dando de novo a oportunidade a Paulo Portas de fazer mais umas comprinhas aos alemães. Só que desta vez, vão ser os jipes de guerra utilizados pelos nazis na 2a guerra mundial. Novinhos e a estrear portanto.

Para finalizar, parece-me importante, referir algumas coisas.
Sim, GT, as medidas impostas pela ajuda externa podiam ter sido implementadas por nós, caso o Estado tivesse dinheiro (que nem para pagar ordenados havia). Assim sendo, já não se trata de satisfazer este ou aquele, mas de uma verdade simples e dura. Portugal não tem um tostão furado. E para lá caminham os Portugueses e a vizinha Espanha. Não tendo nenhum background financeiro que permita implementar as medidas de forma indepedente, e numa tentativa de acalmar os mercados, era essencial este pedido de "empréstimo". Tudo o que referes em relação ao destino do dinheiro, é verdade, mas também é verdade que foram os bancos que aguentaram a banca, comprando dívida pública do Estado enquanto tiveram capacidade para isso. Assim, é meia verdade que a vinda dos gestores externa pudesse não acontecer. Tal como as privatizações de que tanto se fala. Não faz sentido no panorama actual da economia mundial manter agregado ao executivo, empresas monstruosas como a RTP ou a ANA, que geram mais despesas do que lucros, já para não falar que, nem sempre os gestores públicos tem a mesma capacidade dos gestores privados quando a política das empresas é, pura e simplesmente a obtenção de lucro.
Claro que, se fosse possivel, acabaria com a fome em África e com o flagelo da SIDA. Mas nós não somos omnipotentes. E Portugal, no estado em que se encontra, muito menos. Não podemos ter o país à beira da bancarrota e continuar a gastar dinheiro num canal de televisão que só gera prejuízos. Quem paga? As pessoas. Habituem-se a uma coisa, sai sempre dos bolsos dos mesmos.
Talvez esteja então na hora de cortar os dedos dessa mão, que todos os meses retira uma grande fatia às familias. Está na hora de emagrecer o Estado, emagrecer a despesa pública, emagrecer os custos.
Em vez de comer fora todos os dias, comam em casa. Em vez de comprar roupa da Armani, comprem da Zara ou da Bershka. Em vez de andarem de carro, andem de transportes públicos como faz a Geração à Rasca. Em vez de irem de férias para as Maldivas ou para o Brasil, vão para as Berlengas ou para o Algarve. Em vez de irem ao Pingo Doce e comprarem produtos espanhóis e alemães, vão ao Continente e comprem produtos portugueses. Em vez de serem comodistas, sejam activos e preocupados. Sejamos portugueses.
Porque só investindo em nós, resolveremos um problema que é nosso. Apenas e só nosso.
Bem haja a todos.



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Gatunos, Ladrões, Chupistas ou vulga Troika.

  Sou contra, completamente. Da cabeça aos pés. Pelo lado lógico e pelo emocional. Por mim, por ti, por nós, por Portugal.
  Troika? Mas Troika porque? Era no acordo Ortográfico ou no plano de invasão estrangeira que nos obrigava a usar palavras russas? Que eu saiba em Português de Portugal é tríade! Conjunto de três membros! A única palavra em russo que devemos usar é Vodka e já agora, Izmailov!
  Ajuda externa? Intervenção a roçar a invasão! Desde quando ajudar alguém, é chegar lá, obrigá-los a ficarem mais pobres, a trabalharem mais e lucrar nós com isso? Milhões!!!
  Hoje em dia basta vermos as notícias para saber o que vai acontecer, doutos economistas relatam-nos convictamente quais serão as medidas, as consequências, as taxas, os juros, as leis, as decisões. Se toda a gente já sabia o caminho a seguir, porque não o seguimos?! Porque tem que vir alguém de fora nos mostrar como por isto a funcionar? Porque é mais fácil óbvio. É a democracia capitalista em que vivemos. Os centro de poder sabem o caminho, mas não o podem fazer, porque perdem votos. Quem ousa acusar ou mexer no que está errado mais intrínseco na sociedade é acusado! Olhem a Manuela Ferreira Leite, tinha ou não razão? O que lhe valeu. Dizia o que ninguém queria ouvir, ia fazer o que ninguém queria. Assim vem alguém de fora, e continuamos todos contentes a defender o povo. O povo uma ova! 
  Defendem é o Portugal de betão e dos bancos. Este portugal em que 15% da ajuda que receberá é para os bancos. os mesmo que têm lucros de milhões todos os anos, os mesmo que recebem ajudas dos estado para apoiar as empresas e não aprovam um investimento, os mesmo bancos que contratam Mourinho por 1Milhão e na semana seguinte pedem ajuda. Que raio de sociedade é esta?!
  Podíamos muito bem nos entender sozinhos, se não andássemos em constantes guerras de egos ou ideologias pequeninas.
  
  Sou tendencialmente contra as privatizações, empresas estratégicas devem estar nas mãos de todos e não de alguns, e quer queiramos quer não o todos é o estado. Para o bem e para o mal. Galps, Edps, Taps, CGD entre outras enquadram-se nessa lógica. Não percebo como uma empresa de topo mundial, que dá lucro como a TAP é privatizada. Perceber, percebo, mas não aceito. Fala-se nos transportes públicos, pois já o nome indica tudo, são públicos. E se derem algum prejuízo é aceitável, pois ajudem imensa gente a chegar ao local onde produz para o País. Mas obviamente temos que ver como se altera a situação, e esse caminho não é com os gestores públicos de empresas que dão prejuízos a receber bónus de gestão. Gestão do que? Desastrosa só pode.

  Não percebo como aceitamos ordens incondicionais de Bruxelas, ou melhor Berlim. Eles precisam tanto de nós que nem sabem. Sairmos do euro iria ser o colapso de toda uma economia europeia assente em pilares demasiado centralizados, França e Alemanha gerem a Europa a seu belo prazer, pois eles alimentam toda a Europa do Sul que está nas suas mãos e depende de si. Mas acho que nem eles sabem que também precisam de nós. Enquanto lá continuarmos iremos andar a reboque deles, mas não. Temos que fazer uma pausa, repensar toda uma estratégia social e económica e entender que o que interessa é Portugal e não a Europa. Que temos que produzir por nós, e não nos deixarmos vender, largar as terras e os barcos, as fábricas e empresas em troca de taxas ou míseros valores. Deixarmos-nos desta política imobiliária e de betão que não é essa a cultura de Portugal. Não será autoestradas que nos trarão dividendos futuros. Já falhámos no passado. Aceitamos dinheiro para perder autonomia, cultura e identidade. Irrecuperável. Mas ainda vamos a tempo de voltar a refundar um Portugal diferente. Dou 3 anos para sairmos da UE ou pelos menos se alterar gravemente todo o funcionamento da mesma.

Ps: Enquanto escrevia o tópico leio que o Financial Times em Inglaterra escreve que Sócrates mentiu e geriu a crise de uma forma terrível. Todos vêem, menos quem interessa. Os Portugueses.