Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Abortar!


Caros leitores, para mais uma semana, mais um tema. Em relação a este tema, tenho muita certeza sobre o que dizer, sobre qual opinião devo ter, como todos deveriam ter, se quisermos abordar o assunto com alguma coerência!
 Primeiramente, este mundo está cheio de pessoas, já somos demasiados! Portanto há que começar a ter um controlo sobre. Mas não viemos discutir isto. Primeiro, nascer com alguma anomalia é uma infelicidade, mas o que esta em causa, é por exemplo nascer contra a vontade dos pais, ou a mãe foi vítima de violação, por ter havido uma anormalidade na contracepção, não ter possibilidades para criar uma criança, entre outros entraves que não irão permitir um bom desenvolvimento à criança neste novo mundo, completamente diferente e bem mais exigente do que alguma vez se imaginou.  Acho que nao vale a pena estar a especificar o que quero transmitir com o permitir um bom desenvolvimento à criança, nao é necessario um berço de ouro. Digo isto pela demasia que representamos, há que criar uma geração que mais tarde trará mais algo benéfico a este mundo, o que é real e urgentemente necessário. Mas lá vou eu abordar outro assunto que não é para aqui chamado! Bem, que não sirva de meio de contracepçao urgente por puro desleixo daqueles que gozam o momento numa grande distração! Infelicidades acontecem, mas a nascença de uma criança numa fase prematura ou numa noite… Meus amigos! Já não há tempo para prometer um filho a Jesus Cristo, isto já vai alem da religião e se é possível remediar um possível mal pela raiz, que se faça. Já conheço alguns casos infelizes, que não tiveram esta hipótese e é triste. A mulher tem todo o seu direito em mandar na sua barriga. Tal e qual como nós mandamos na barriga dos animais, afinal pisamos todos o mesmo planeta. Há muita coisa a abortar, neste mundo irregular.

Jaime Garret

terça-feira, 29 de maio de 2012

Aborto: um direito ou um crime?


Este é sem dúvida um dos temas que mais polémica gera e onde existem inúmeros argumentos que conseguem defender uma e outra posição. Mas depois de analisar variadíssimas opiniões, ainda não consegui perceber quem tem de facto razão! É possível que o problema seja meu, pois ainda não encontrei nenhum fundamento que eu apoie 100%, mas também é possível que não se consiga chegar a um ponto de vista que todos considerem consensual.

De um lado posicionam-se os que dizem que matar um ser humano é moralmente ilegal e como um feto já é considerado um ser humano, então quando alguém incorre na prática do aborto está-se a cometer um crime tão grave como o de assassinar alguém.

No sentido inverso estão os que afirmam que a prática do aborto é um direito que qualquer mulher tem, pois existem vários fatores que podem levar a uma gravidez indesejada ou não planeada e que, portanto, não deixar uma mulher tomar esta decisão é ir-se contra os princípios de liberdade e privacidade que todo e qualquer cidadão pode tirar partido.

Temos em termos um pouco generalistas as duas grandes opiniões sobre este tema, mas principalmente dentro do grupo de quem é “a favor” podemos encontrar ainda divergências na forma como é provisionado ou na forma como é financiado, por exemplo.

Deste modo faço um apelo aos leitores para me ajudarem a esclarecer um pouco a propósito deste tema, pois estou literalmente À rasca!

Jacques Garrett

domingo, 27 de maio de 2012

Aborto, uma ideia que não merece ser abortada!

Preservativos? Pílula? Não estou mesmo a perceber o ABORTO é gratuito qual é que é o problema?
Eu queria agradecer sinceramente, do fundo do coração, à pessoa que ejaculou a melhor ideia de sempre, tornar o aborto possível e gratuito!

 Ah e tal vamos lá fazer com que seja possível abortar e já agora sem ser preciso pagar.

Como eu vos percebo, é tão bom o acto do amor em que podemos sentir todo e qualquer tipo de coisas, desde o quente, ao ,se me permitem, húmido, tudo tudo tudo, podermos fazer isto sem ser preciso aquele momento de, parou tudo deixa-me ir buscar a camisa, tu também quando vais a algum lado não sais nu por isso é preciso ele vestir a camisa antes de entrar e sair porque com tanta diferença de temperatura ainda se constipa.
Sem ter aquele momento do amor, tens tomado a pílula não tens? Não vá o diabo tecê-las depois não há nada a fazer.
Já para não falar que as raparigas já não gastam dinheiro a comprar a dita cuja e os homens os ditos cujos. Há quem diga que esta ideia é que devia ter sido abortada, eu não acho, eu apoio! Quem é que não gosta de passar a noite toda a fazer exercício? É que se não fosse possível o aborto a meta encontrava-se traçada, porque uma caixa de preservativos só tem 12? Tantas pessoas a meter entraves e eu a ver tantos pontos a favor. Para todos os que dizem mal vá eu quero uma ideia que torne possível tudo o que eu disse!

Digo, repito e nunca irei abortar esta minha ideia! Obrigado pela solução que trouxeram a muitos dos meus problemas!

sábado, 26 de maio de 2012

Idiossincrasia Jornalista

  O Jornalismo, tal como o Mundo que conheces, está em constante evolução. E a casa dia que passa, a uma velocidade superior à do dia anterior. As novas tecnologias, evolução do processo cognitivo e especificação profissional, permitem-nos hoje chegar mais longe que ontem. Mas infelizmente, não significa saber mais.

  Há vários tipos de jornalismo. Houve o jornalismo ditatorial, que bem conhecemos, em que os fluxos de notícias são controlados e rigorosamente aprovados por entidades estaduais ou governativas. Mais tarde,  inventaram a democracia. E nasceu o jornalismo livre. O Jornalismo onde vivemos. Uma pseudo-mentira idiota. Uma farsa, escondida numa capa de falsidade e inutilidade democrática. O Poder percebeu a dimensão dos média, e a sua utilidade no manuseamento do povo. Os jornais, foram comprados, adquiridos por grandes consórcios e companhias multifacetadas, sem rosto, mas com vários tentáculos, que hoje em dia controlam e monopolizam a imprensa. Ser jornalista hoje em dia é ser a vergonha para os fundadores da profissão, para os fundadores do jornal. 

  Hoje apenas certos tipos de informação são permitidos, tudo é controlado, e os poucos "podres" que se sabe sobre a sociedade e interesse geral, são apenas armas de arremesso de grupos contras outros. De jogos partidários e pressões políticas. 

  Coragem deixou de ser uma característica do jornalista, mas uma raridade. Actualmente, a resignação será porventura, a palavra que melhor define a classe. Os poucos GRANDES jornalista que resistem, vêem-se controlados ou restringidos por editores e gestões maliciosas e obscuras. O verdadeiro jornalismo de investigação morreu, ou está em estado de coma. Pois acredito que um dia regressará. O grande jornalismo individual, que arriscava a sua vida, por contar a verdade, que palmilha quilómetros por uma entrevista, que intimidava o poder político e era a mão que escrevia a verdade de um país. Foi substituído por um cargo de direcção regional de qualquer coisa, ou posto de enviado num país distante, como mero observador internacional.

  E é por isso, que a Internet é tão importante. São os sites fora da esfera do poder, blogs como este, de opinião e debate, que são hoje a verdadeira fonte de informação global. As redes sociais, já não são meros chats relacionais, são veículos de divulgação com um poder inimaginável. O facebook e o twiter, foram a chama das revoltas árabes. Mas se fosse cá, teria a minha conta ficado aberta?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Bem além da liberdade!

Liberdade em mim que publico informação, mas também liberdade em ti que publicas a notícia que noticiei! Tal liberdade permite abrir um vasto leque de pontos de vista, incentivando o debate. O que todos procuramos, se é isto viver em sociedade. Existe, hoje em dia múltiplas formas de expressão, portanto temos de admitir que temos uma pluralidade informativa. Desde a noticia que nos informa de situações que nos servem muito para o nosso dia a dia e de outras que contribuem para o desgaste florestal, falando de vidas ultra fantasiadas de pessoas milionárias, que no seu todo, tem um fim inutil. Afinal estas são as mais procuradas, curioso! Mas não podemos deixar passar por ileso a noticia do noticiado, porque de um lado ao outro vai uma grande distância e é isso que interessa. Os jornalistas são os veículos da imprensa e os leitores são veículos da informação.

A notícia é transmitida, como se realmente se tratasse de algo verídico. O que acontece é que esta é recebida sem contornos, acreditamos nelas e consciencializamos o facto que ela transmite. Sem nos apercebemos, divulgamos-la, vivemos-la e fazemos-la real instantaneamente! Pode se tratar de algo fictício, mas como esta foi tão bem noticiada, transforma-se automaticamente em algo completamente verídico! Cabe a cada um de nós, tomar o verdadeiro valor da notícia, porque o jornalista este, é um saca-rolhas que divulga o que vai encher mais os bolsos. Claro que não funciona assim de uma forma geral, felizmente mas o que sobra dos que emigraram, são poucos. Viva a liberdade de expressão, mas que não vá alem daquilo que é realmente necessário, daquilo que vai além de mim e de ti, porque já há muita gente que não tem notícias minhas, mas ainda assim sabem mais coisas imagináveis de mim do que eu em sonhos poderia imaginar… Vejam bem se soubessem!

Ainda bem que temos a possibilidade de desvendar certos segredos através desta liberdade, mas toda a liberdade em excesso, traz problemas abusivos e facilmente perdemo-nos, acabando por cultivar algo não desejado.
Agregando as peças:
Viver em sociedade com pluralidade informativa traz-nos um fim inútil, pois o facto que ela transmite só se torna completamente verídico pelo facto da informação e não pelo leitor/veiculo da informação. São poucos, que sabem noticias minhas.

Jaime Garret

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Oh faz favor, Sr.Jornalista


Liberdade de imprensa? Sim senhor. Liberdade de escrutinar a vida de toda a gente? Tenham dó. Liberdade de escrever o que bem lhes apetece sem medir consequências? Ora façam favor. O problema estar no conteúdo da noticia e não na forma como foi obtida? Ora essa, estamos em Portugal. Poder andar à vontade pelos corredores do Parlamento, sem qualquer restrição? Olhem, nós somos jornalistas, temos direito à liberdade de imprensa!

"A liberdade de imprensa é tida como positiva porque incentiva a difusão de múltiplos pontos de vista, incentivando o debate e por aumentar o acesso à informação e promover a troca ideias de forma a reduzir e prevenir tensões e conflitos."

Parece-vos que é utilizada com este intuito?

Façam-me um favor, ganhem vergonha. Defendo o direito de expressão, de opinião, de liberdade. Mas sou totalmente contra a negação de tudo o que é a privacidade e o meio profissional dos índividuos. Segredos de Estado desvendados pelo direito à informação? Queremos é audiências!

Relvas, Pinóquio, é tudo o mesmo. Mas nesta, que abaixo demonstro, o senhor até tem razão...








Dâmaso Garrett

Nota de imprensa


Antes de mais peço desculpa pelo atraso na publicação da minha crónica, mas motivos de força maior impediram-me de a publicar a horas. Aqui vai:

Foi há cerca de 38 anos, que em Portugal passámos de um país fechado e conservador, para um país aberto e livre. Foi conseguida a tão desejada liberdade que muitos desejam e que outros não entendem, mas que é sem dúvida um dos mais preciosos bens de uma nação. Como todo o “brinquedo novo”, de início é utilizado em excesso, mas com o passar do tempo vai-se perdendo o gosto pelas suas características. Contudo neste caso, e entrando no tema desta semana, a liberdade de expressão da comunicação social foi-se refinando com o passar doa anos.

Atualmente contamos com um número imenso de jornais e revistas, que conseguem satisfazer qualquer tipo de leitor. Muitos deles são diários, portanto sentem a necessidade de inventar algumas notícias de forma a estas preencherem as suas páginas. Noutros casos, o próprio conteúdo já é pura invenção, portanto só lhe atribui alguma credibilidade aquele que gosta de viver mais do que a sua vida. Também as redes televisivas têm aqui uma palavra a dizer, mas com tanto programa sobre tanta coisa, por vezes cai-se no banal e desinteressante.

Deste modo, vemo-nos rodeados no dia-a-dia por mil e uma notícias, mas quais delas têm um real fundamento ou que são realmente credíveis? Aqui temos nós, leitores, o papel de tentar desmistificar o que deve ou não ser lido, porque se faz muito jornalismo, mas a maioria do de qualidade já deve ter emigrado com certeza.  
Jacques Garrett

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ser ou não ser Jornalista, eis a questão!

Em primeiro lugar queria pedir desculpa pelo meu atraso, mas é que para os que não sabem hoje fui entrevistado! É verdade as minhas crónicas estão a atingir patamares já antes imaginados. E foi na entrevista que eu ejaculei um emprego de sonho. Quem é que não gostava de ganhar dinheiro a dizer mal dos outros? Ou quem é que, quando não soubesse simplesmente o que fazer para ganhar dinheiro tivesse que inventar umas histórias? É verdade, toda a gente! Mas não é qualquer um que pode ser um jornalista. E porquê? Porque um jornalista para além de um óptimo observador, é um fantástico citador de factos, um admirável escritor e dotado de uma extraordinária imaginação. E quem é que é a pessoa que reúne tantas qualidades? Eu sei eu sei mas eu não quero ser jornalista e acho que tenho qualidades a mais. O dia a dia de um jornalista pode ter coisas espectaculares, como andar a passear atrás da selecção, como pode ter coisas péssimas como andar a passear atrás do Pedro Passas Coelho, como pode ter coisas extraordinárias, fazer uma entrevista à Irina. É verdade há coisas fantásticas não há? Então analisando bem o trabalhos destes seres humanos que podem ser intitulados de deuses, isto devido à maneira como brincam com a vida das pessoas, tudo começa com o acto  de escolher o tema, a pessoa e o sítio. Em seguida temos que imaginar as perguntas, e quando não queremos imaginar as perguntas temos que imaginar uma história de vida, e talvez aqui eu pense que se calhar as novas oportunidades até tenham algum sentido para os jornalistas pois já ouvi dizer que se fazem histórias de vida por lá e sempre é uma maneira de eles treinarem. Por último é só tirar umas fotos e já está! Mais uma notícia para os nossos jornais, revistas e afins. Juro tenho mesmo mas mesmo muitos ciúmes dos jornalistas, ora ainda ontem estava no café e estava sentado à minha frente o Aníbal Cavaco Silva, e se vocês soubessem a vontade que eu tinha de dizer o que bem me apetecia acerca dele, mas não, fiquei calado, fui educado e simplesmente mantive uma conversa agradável e é aqui que eu tenho ciúmes porque teria sido muito melhor se pudesse dizer tudo o que ele é e não é, se pudesse dizer o que quisesse com o simples objectivo de cortar na casaca, se simplesmente pudesse usar as letras para formar palavras que atravessam o muro da liberdade de cada um como se este não existisse, o que na verdade é o trabalho de um Jornalista. 


Para todos os jornalistas, a vossa liberdade começa onde a minha acaba, e se não souberem esse limite deixo-vos uma pista... Passem pelo meu facebook! 


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Maior que todos nós

  Esta convocatória da selecção só veio provar uma coisa. O Benfica é um clube, tão, mas tão grande, que os os seus jogadores convocados para a selecção nacional, não são opções na equipa.
  Só assim se entende que a única equipa da liga, que não teve nenhum golo português, convoque tantos jogadores para a selecção como o Braga ou o Sporting, clubes que apostam no jogador Português.
   
  Se o Sporting não tivesse apostado no Rui Patrício, com o Benfica a queimar o Eduardo, chegávamos à fase final sem nenhum GR a jogar. O João Pereira é fraco para o Sporting. Talvez. Defende mal. Provável. Mas se não jogasse no Sporting o DD no euro, ia ser o Nélson?! O Miguel?! O Paulo Ferreira?!

  É urgente alterar as leis e regulamentos das provas nacionais. Criar mecanismo para impedir a sistemática onda de contratações sul-americanas, em que  toda a gente mete dinheiro ao bolso, e está a acabar com os clubes, e com o futebol em Portugal. Como esporadicamente jogadores, ou algumas equipas, nos vão provando,  há imenso valor e jovens cheios de potencial à espera de uma oportunidade. E mais baratos que um brasileiro. Há que deixar os interesses pessoais de lado, e começar a defender Portugal.

  Voltando aos 23. Tirando as birras Carvalho e Bosingwa, são os melhores. Pelo menos o 11 titular, em que a única dúvida é quem será o 3º elemento do meio campo. De resto é uma convocatória mediana, sem grandes nomes, mas que não causará problemas de egos. Paulo Bento não terá problemas a fazer a equipa, já toda a gente sabe ao que vai. A mim, faz me alguma comichão que aposte na juventude do Nelson Oliveira, mas não no André Martins. Que leve o Micael, Varela ou Rolando, que pouco acrescentam à selecção em termos de qualidade e praticamente nada jogaram ao longo da época. E Ricardo Costa? Como é que um jogador tão medíocre continua a representar-nos é que me faz confusão. Por isso digo, temos uma boa equipa. Mas não vamos com 23, vamos com 14 ou 15. E o resto logo se vê.

Rui Patrício;
 João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Coentrão; 
Martins/Veloso, Meireles e Moutinho; 
Ronaldo,  Postiga e Nani.

PS: Tenho imensa pena que não vá o Danny... estava no auge antes da lesão.

A selecçao e os demais esquecidos!

Como seria de esperar, cá vai mais uma mensagem carinhosa de apoio à selecçao nacional. Os 23 escolhidos são os melhores, a elite do futebol nacional, escolhida por alguém que estuda o futebol, alguém que conhece cada traço, cada pormenor dos jogadores. Em relação às novidades, nada é um acaso neste tipo de convocatória, todas elas bem ponderadas com certeza. Caso contrário, não o teríamos como treinador da selecçao. Calhou-nos de facto, um grupo muito forte, no qual terão de provar que são capazes de vence-los, caso ambicionem vencer a competição. Portanto o grupo na teoria é difícil, mas para uma selecçao candidata, isto até é uma vantagem no qual facilita as coisas por vários pormenores… Pelo menos uma das três grandes selecções  vai ser afastada.


Espero que haja apoio e positivismo em torno da equipa, como qualquer equipa merece.

E falando de futebol, falo de outras modalidades tao como bem mais complexas que simplesmente estão sob abandono. Todos sabemos que chocolate não é para brutos, ou que há certas coisas que não entram em todas as cabeças, mas é de evitar falar sempre da mesma coisa, girar sempre sobre o mesmo tema, o futebol. Digo isto por experiencia de alguém que já representou as cores deste pais, em qualquer circunstância ou modalidade e em vários locais estrangeiros, mas sempre com o mesmo investimento e apoio… O do atleta! Ninguem mais a financiar para alimentar o sonho. Até que o cabo partiu e os bolsos em choro não aguentaram mais. Abram o leco espiritual e facilitem os desgraçados que lutam e dão o tudo por tudo, em vão! Culpa dos órgãos federativos, de quem quer que seja. Mas assim, não há desenvolvimento e este pais fecha o dinamismo desportivo! Mas isto é como a história de só alguns filhos terem pais. Os outros devem aparecer por graças do nosso senhor desaparecido. A aqueles que só entram em discussões de futebol, que enterram dinheiro nele no estadio todos os fins de semana fanaticamente, somente alimentam este sistema. Não digo o contrário, bem hajam, mas depois os desgraçados que querem fazer outras coisas, levam somente secreções.

Jaime Garret

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Selecção Portuguesa, uma mixórdia de temáticas

Antes de mais queria pedir desculpa aos nossos ávidos "enrascados" pelo atraso na publicação da minha crónica semanal, mas a verdade é que estamos muito perto da fase decisiva a nível académico e a coisa não está fácil.

Bem, mas vamos ao que interessa... Hoje, enquanto fazia a minha ronda matinal pela imprensa desportiva, deparei-me com o "BI" de cada um dos jogadores convocados pelo mister Paulo Bento. Para meu enorme espanto, que temos quase tantos jogadores estrangeiros, como pontos com que vamos acabar o Campeonato da Europa, veja-se:

- Pepe, naturalidade: Maceió, Brasil
- Rolando, naturalidade: São Vicente, Cabo Verde
- Nani, naturalidade: Praia, Cabo Verde
- João Pereira, naturalidade: Amadora (... afinal é perto de Lisboa)

Não que eu tenha alguma coisa contra pessoas "não-portuguesas", mas uma coisa é certa, mais facilmente (pela tendência dos últimos anos) o Maicon vai para a Selecção do que o Carriço ou o Nuno Coelho. Se não jogam na selecção do país de origem porque há melhores que eles, azar. Agora Portugal não pode nem deve ser, a selecção "os que são bons, mas não que chegue para jogar no país deles, mas melhores de que os que temos cá". É uma tristeza, principalmente para jogadores com potencial como eu, que sempre sonhámos alcançar a selecção portuguesa. Ou algo do género.

Falando mais a sério, Portugal a nível da formação deve seguir o exemplo germânico. Desde a reunificação da Alemanha em 1990, que foi iniciado um processo de formação de longo-prazo, com vista a criar gerações de jogadores capazes, tanto a nível técnico como físico de voltar a dar títulos à Alemanha. Repare-se, no provável onze titular alemão: Neuer (26 anos), Hummels (23 anos), Boateng (23 anos), Schmelzer (23 anos), Lahm (28 anos), Schweinsteiger (27 anos), Ozil (23 anos), Khedira (25 anos), Podolski (26 anos), Gomez (26 anos) e Thomas Muller (22 anos). Ou seja, o jogador mais velho deste onze tem 28 anos. Mais um ano que Cristiano Ronaldo. Pior, 90% deles jogam no campeonato do seu próprio país, de clubes modestos inclusive (caso do Monchengladbach). Portugal tem capacidade para olhar para o futuro da mesma maneira, começando hoje, nas bases a criar uma selecção de portugueses, com verdadeira capacidade para ombrear com qualquer selecção do mundo.

Tenho dito.

Dâmaso Garrett

terça-feira, 15 de maio de 2012

Selecção À Rasca!


É verdade caros leitores, nesta grande competição que se avizinha, a nossa seleção tem dos grupos mais complicados que lhe podia ter calhado em sorte. Tanto a Alemanha, como a Holanda ou a Dinamarca já conquistaram o título de campeão da Europa pelo menos uma vez e atualmente a “Laranja Mecânica” é a vice-campeã mundial e a “Mannschaft” é a atual vice-campeã europeia. É certo que são duas seleções de bastante peso, e quando digo isto não me refiro a terem jogadores com excesso de peso (como o Miguel “gordão” Veloso ou o Ricardo “inchado” Quaresma), mas sim a serem equipas muito competitivas e que têm como objetivo vencer a competição. Mas os anos que tenho de experiência a ver futebol dizem-me que, neste tipo de prova, não existem campeões antecipados, só no final é que se podem fazer as contas e tirar elações. Deste modo podemos ter alguns motivos para sorrir, pois aqui a história joga a nosso favor, pois sempre que a seleção portuguesa iniciou fases finais de grandes competições com expectativas criadas bastante baixas, acabou por surpreender.

A equipa escolhida pelo mister Paulo Bento não contém grandes novidades, é constituída no seu núcleo duro pelos jogadores que foram fazendo a caminhada até aqui, portanto é justo que sejam eles os eleitos. Tirando o caso dos três famosos “Espectadores”, que noutras condições seriam naturalmente escolhidos, os jogadores são na sua maioria os melhores que temos disponíveis.

Para finalizar, avanço com o 11 que penso que irá começar o 1º jogo, frente à Alemanha:

Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão; Miguel Veloso, João Moutinho, Raul Meireles; Nani, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo

Força Portugal!   

domingo, 13 de maio de 2012

Selecção de estrangeiros ketchup's e de outras coisas

Meu caro Paulo Bento,
Precisava de falar um bocado consigo em véspera de convocatória para o mundial. Sabe é que parecendo que não isto de ser treinador da selecção é complicado, acredite que eu sei do que falo, e todas estas complicações prendem-se ao que? À palavra seleccionar! Ou à palavra selecção! Todos os dias a minha cabeça pensa, afinal o que é que o Paulinho (espero que saibas que não te estou a ofender, o Paulinho do Sporting para mim é uma pessoa normal) vai seleccionar?

  1. Um conjuntos de Jogadores de várias nacionalidades?
  2. Vai ser a selecção de uns rapazes que jogam à bola quando lhes apetece?
  3. São seleccionados os que o meu caro achar mais bonitos?
  4. Ou simplesmente seleccionam-lhe jogadores.
É que se não me falha a memória há jogadores seleccionados que nem a Bandeira Portuguesa respeitam. O Rolando a festejar a final da Liga Europa com a bandeira de outro País? Outros jogadores nem sabem o hino, já para não falar que dentro do balneário deve-se falar mais criolo do que português. Se me permite eu gostava de lhe dar uma ajudinha:

  • Seleccione Portugueses! E não é difícil, basta ver se nasceram por cá.
  • Imagina a Arca de Noé, pronto agora seleccione os melhores de cada espécie, como se cada espécie fosse as posições que um jogador pode fazer, e por melhores entende-se que o João Pereira tem que ficar em casa!

Depois de seleccionar ainda há um grande problema que tens que resolver, que é se o nosso Ketchup tem a tampa aberta. E aqui eu queria dizer-te só mais uma coisa, não te esqueças que é a selecção de Portugal e não do Ketchup, ou correm todos ou saltam da arca para fora.

P.S.- Já estou mesmo a ver o filme por isso faz apresentações com legendas, verás que tudo fica muito mais fácil. 


sábado, 12 de maio de 2012

Ao Sábado : O Convidado

  Hoje damos início a uma nova rubrica no nosso blog, de modo a promover a pluralidade e diversidade de opiniões, surge hoje o primeiro autor convidado. Neste caso uma autora. Esperemos que seja a primeira de muitas crónicas que possamos ter a oportunidade de vir a ler. Seja de um reconhecido, do visitante regular ou do mero leitor casual. Que seja uma casa de debate e de propostas. Por todos nós.




  Não nos ponhamos com meias palavras, aquelas que elevariam o nosso discurso ao ponto mais alto de interjeições, reclamações e grandiosas morais. Todo este assunto requer uma voz lutadora. Não posso de maneira nenhuma concordar com o espectáculo da tourada, não só por se tratar de um exemplo de mau trato ou uso (depende da perspectiva de cada um) dos animais mas também porque é um exemplo de como o Homem vê o mundo, como seu dono. Não virei com falsas éticas, falar sobre os direitos dos touros, não seria racional exigir a sua libertação, logo caíram críticas sobre mim, uma assídua visitante do jardim zoológico.

  As touradas são um pretexto para o Homem, de mais uma vez se elevar perante outros que assistem, entusiasmados, como dali fosse sair um gladiador, ou quem sabe um futuro rei. O Homem não é mais que um menino/a inseguro/a com a necessidade de provar constantemente a sua força perante seres, menos aptos, menos capazes. Se o ser humano acreditasse mesmo nele, a luta seria por igual, 1 Homem contra um touro, sem armas. Mas são raros os humanos que acreditam em si próprios e os que o fazem normalmente pensam apenas no seu umbigo. Os touros deviam ter poder de escolha. Por melhores condições que lhes são oferecidas antes da tourada, acaba por ser uma falsidade, como no caso dos porcos que passam pelo processo de engorda antes de irem para o matadouro. O espectáculo sim é triste, o provocar de um animal, que reagirá apenas por instinto e por sobrevivência, já para não falar dos gritos e confusão sonora na arena, nenhum animal ficaria estável numa situação dessas.

  Não me venham falar de uma morte digna. Digno no mundo animal seria, numa luta por território, por protecção das crias. Digno é o Homem que no futuro olhará para o lado, e saberá ver outros seres como igual, a minha hipocrisia e também ingenuidade leva-me ao jardim zoológico, numa esperança que a proximidade pessoa/animal que o parque oferece, nos torne mais compreensivos menos egoístas.


Patxó



sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Arte de Lidar

  Desde sempre que foi um espectáculo controverso. Ferozmente criticado por uns, acerrimamente defendido por outros. A arte de lidar o touro, é um espectáculo de paixão, e de ódio. Da mesma forma que há preto, porque há branco, ou há mal porque há bem. A bivalência da vida, é o facto que a torna tão bela. A perspectiva de escolha, de livre arbítrio ou simplesmente o traçar o nosso próprio caminho.

  Do ponto de vista artístico, interessa-me de sobremaneira. Quantas e quantas pelas pinturas, lindos desenhos ou recantos contos se escreveram, quantas trovas se cantarem e poemas se rimaram ou som de trombetas, e correrias desenfreadas à fronte, atrás ou em cima de cavalos, touros e outros animais selvagens.
Foi de facto, um tema que interessou de maneira particular os artistas, nomeadamente no século XIX e XX, não só na ibéria, mas um pouco por todo um mundo, onde havia arte.

  Do ponto de vista sociológico, é uma questão bastante interessante. Somos um povo predador, foi assim que nos desenvolvemos e gostamos de mostrar a nossa superioridade. Mas felizmente, da mesma maneira, que nos transformámos nos melhores selvagens, compreendemos hoje que o passo seguinte, é a civilização, e ao pouco, vários rituais selvagens vão esmorecendo. Para mim, é óbvio que com o tempo, a Tourada, será uma tradição que se irá transformar, será confinada, proibida ou regrada duramente, pois tal é consequência dos tempos. Da evolução do ser, da mesma maneira, que hoje pescar, caçar são actos controlados, rígidos e civilizados. A noção de que hoje o homem é superior a todas as raças, obriga-o, não a mostrá-lo, exibindo-se através da sua força, mas sim através da sua inteligência. Acredito que esta evolução, levará à perda de tradições e identidades próprias das nações. Mas a cultura, não é um processo estanque, é uma figura abstracta evolutiva que se vai transformando.Com as devidas comparações, A Inquisição era algo "aceite" institucionalmente, e hoje vimos o quão selvagens eram naquele tempo. Do ponto de vista sociológico esta transformação não durará 1 semana, nem 1 década, mas confio que irá acontecer.

  Finalmente do ponto de vista económico, talvez o mais discutido actualmente, toda a discussão é um disparate. Se não querem dinheiros públicos a apoiar touradas, porque são contra, sendo eu um opositor às novelas, devem elas também deixar de ser financiadas?! Será sempre uma maioria que vencerá, e hoje e durante os próximos tempos, a tourada é para ficar. Esbelta e em força, como toda a sua arte deve ser. 

  Hoje o desafio, é saber lidar com esta situação, e talvez ceder um pouco, em algumas questões. Pois a tradição não é argumento para tudo...


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Quem é o Animal?

Touro, qual é a tua raça?
Muitos nem te acham graça
Mas querem te ver todos na praça
Para ver tua desgraça

Brincam contigo, irracional
Como se fosses algum animal
Mas agora acham valentia
o que não passa de cobardia

Quer no campo, praças ou ruas
Mais vale vê-las nuas
Aquelas em que puseram a tua
Numa cabeça que vai daqui à lua

Já é algo tradicional
Tornar teu charme banal
Por algo fundamental
Como a cultura nacional

Todo isto é tradição
Por quem vive numa nação
A correr em contra-mão
Com os cornos no chão




quarta-feira, 9 de maio de 2012

Para além daquilo que se vê...

Festa Brava, sinónimo de corridas de toiros e/ou largadas adjacentes. Errado.
A Festa Brava é tudo isso mas não só. Deixem-me explicar...

Sem querer ferir susceptibilidades de quem acha todo o espectáculo uma tortura, há que ver para além disso. A Festa Brava é agricultura. É viver o campo, sentir a terra, valorizar o campino, o forcado, o toureiro e sempre o toiro. É correr as cidades e aldeias do Ribatejo nos primeiros meses de Verão e sentir o clima de festa, de convívio, de satisfação. É ver gente que não se via desde os velhos tempos de escola primária. É juntar os amigos e viver o espírito e o orgulho que traz esta festa para cada um de nós.

Não defendo que para gostarmos da festa, sermos aficionados, tenhamos que estar a correr nas ruas durante as largadas (garanto-vos que raramente me irão ver em tal situação), ou sentados nas primeiras filas de uma qualquer praça do nosso país. Gostar da festa brava, é simplesmente ser fiel aquilo que somos. Mal ou bem, é uma questão de cultura e de tradição. Discutivel? Claro, como tudo. Mas ora vejamos...

Um jovem ribatejano tem, por óbvio contacto directo, mais "condições" para gostar da Festa Brava do que um jovem do Algarve.
Um jovem madeirense tem, pelas mesmas razões, mais "condições" para gostar de poncha do que um jovem alentejano.

Salve as comparações, obviamente, a verdade é esta. É uma questão de "educação", ou se quiserem, de proximidade. Existem excepções, e com o evoluir do pensamento humano cada vez irão existir mais, porque a tendência para a igualdade das espécies e dos seres é um fim em si mesmo, para a humanidade e para a natureza.

Tudo isto para vos dizer,sou aficionado. Respeito quem não o é, como espero que esses nos respeitem a nós.

A bem da verdade há algumas coisas que sou obrigado a concordar com os movimentos anti-festa brava, como por exemplo, transmissão televisiva em canal público e aberto ou a imensidão de dinheiros autárquicos gastos em corridas. É uma festa que não é apreciada por todos, tem caracteristicas que causam mau estar em muitos cidadãos e como tal o dinheiro estatal serve para o bem maior, o bem de todos, ou se quiserem, o mal menor.

Para finalizar, que a Festa se mantenha, porque Portugal sempre existiu com ela, porque dá emprego a muitos portugueses, porque mantém viva uma série de economias adjacentes (agricultura, alimentar, artesanal, etc) e sobretudo porque só vê quem quer!

Bem haja Portugal, o galo de Barcelos, os ovos moles de Aveiro, o rancho minhoto, o bailarico madeirense, as furnas açoreanas, os dom Rodrigo ou a Festa Brava. Somos o que somos, diferentes naquilo que gostamos, iguais naquilo que nascemos, portugueses.


PS: Ponham as corridas a dar em canal pago, tributem quem faz dinheiro indevido com a festa, controlem os matadouros e os ganaderos. Tornem a festa uma tradição apenas para aqueles que realmente gostam dela.


Dâmaso Garrett

terça-feira, 8 de maio de 2012

Pura Afición

Num tema onde muito se pode argumentar, divagar, apoiar, discordar ou opinar, na minha opinião existem três factores decisivos para que a festa dos touros perdure ao longo de algumas gerações.

Em primeiro lugar é uma fonte de desenvolvimento económico do nosso país, dado que gera algum emprego, seja como toureiro, ganadero ou um simples "apanha cocós", todos eles têm ainda um posto de trabalho que só é possível devido à festa brava. Em segundo lugar, e este ponto também se relaciona com o primeiro, as corridas de touros são um atractivo turístico que muitas pessoas procuram quando visitam o nosso país. Deste modo, o espetáculo taurino cativa muitos turistas quando se deslocam ao Algarve no verão, numa viagem de enriquecimento cultural pelo Alentejo ou simplesmente numa visita em torno da nossa belíssima capital. E em terceiro lugar, talvez o mais discutível, porque é uma Tradição. Assim como o Fado, o cozido à portuguesa ou o Galo de Barcelos, tudo o que envolve e engrandece todo o espetáculo taurino é um marco tão profundo da nossa cultura, que na minha opinião, jamais poderá ser esquecido ou extinto de um país de tão fortes costumes como o nosso.

Contudo não quero com isto dizer que todos os portugueses têm de ser apreciadores de corridas de touros, isto é algo que já está dependente de vários factores, tais como o local onde se nasceu, a influência que se obtém numa fase mais tenra da vida ou com a própria tendência que cada um tem para gostar do que quer que seja. Agora não acho certo que tentem acabar com algo que já está tão enraizado, que dá tanto valor ao nosso país e que sobretudo nos diferencia.

Mas se algum dia for decidido na Assembleia da República que as corridas de touros vão terminar (algo que eu acho que nunca irá acontecer), será o dia em que realmente já todo o país estará mesmo À Rasca!

Jacques Garrett

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A verdadeira coragem!

Não esperando outra coisa dos meus aficionados companheiros, é clara a minha posição a favor da festa brava, não fosse eu um Ribatejano. E como aficionado vos escrevo, em prol da falta de crédito dada aos verdadeiros corajosos do espectáculo, muitas vezes subestimados,os quais sem verem o verdadeiro valor reconhecido pela multidão que, em vez de aplaudir (excepto na feira de Outubro em Vila Franca de Xira) os goza e rebaixa, fazendo sempre o seu trabalho independentemente das condições da praça, um pouco à semelhança do lema dos correios de USA ( faça sol ou vento, chuva...bláblá). Falo do corajoso homem que entre lides, entra de cabeça erguida, arena dentro e sob o olhar atento dos espectadores recolhe a verdadeira bosta (sinónimos: merda, poia , cócó; acho que entenderam) dos animais integrantes do espectáculo. Sim, muito mais que encarar um bicho de 600 kg, a verdadeira coragem é enfrentar uma bosta de um animal de 600 kg. Ora pensem um pouco, seriam vocês capazes de fazer tal coisa perante 100, 200, 300,..., X pessoas? Eu digo já que não, é preciso tomates, e uns bem maiores que os de um bicho de 600 kg! 

Cumprimentos, o vosso Gastão Garrett

Só te falta o SPA porque de resto tens tudo!

De Piriquito
Para Touro

Meu caro amigo cornudo, tenho andado aqui ocupado a voar de um lado para o outro na minha gaiola e queria pedir-te um favorzinho. Sei que tens grandes amigos com grandes cargos, aqueles que te defendem sempre que há corridas. Queria perguntar-te o que é que é preciso fazer para também ser amigo deles. É que sinceramente ando a ficar um bocado farto disto, tu que és um gajo de grandes famílias, andas a tua vida toda a passear pelos campos com os teus putos, tens comida da boa, veterinários que vão dando um olhinho por ti, se te portares bem na arena trazem-te de volta para casa e dão-te umas vacas para te entreteres e procriares assim como uma espécie de harém. Depois de morto ainda vales bastante dinheiro, fazem como que "estátuas" tuas e ainda tens amigos que vão para frente das praças gritar por ti porque à e tal quando és velho és usado nas corridas. Eu vou só mostrar-te um bocado da minha vida. Estou confinado a quatro grades. Se decido voar muito bato com a cabeça na gaiola. Estou sempre a ver as mesmas vistas fora da minha gaiola. A maior parte das vezes vivo a minha vida sozinho. Às vezes dão-me vitaminas porque não gostam de mim como sou e então tenho que mudar a cor das minhas penas. Dão-me música para eu cantar e nem tenho direito a escolher o canal da rádio. Quando canto bem e sou bonito vendem-me por uns trocos e o meu futuro quando morrer é ir para o caixote de lixo mais próximo e no entanto ninguém grita por mim, ninguém me quer salvar e ninguém me liga nenhuma. É algum tipo de descriminação por eu não ter cornos? É que se for diz-me.
Desculpa lá qualquer coisa e tenta lá dizer aos teus amigos que uma vida muito boa tens tu, eu é que não passo disto!

Cumprimentos

Piriquito!

sábado, 5 de maio de 2012

Ingénuo, o Jovem

Ingénuo é o Jovem
Incitado a acreditar
Que o seu sonho, o seu Fado
Se há-de concretizar

Hoje, ser jovem é isto
A ausência do lutar
Ser pisado, gozado, humilhado
E se resignar.

Ter as armas na mão
Mas não a confiança
Não entender, que no fundo
É a última esperança

É a total geração
Perpetuando a desgraça
Alimentando a nação,
Caindo em graça.

O futuro sóis vós,
Chegou a vossa hora
Assumir o destino, Por mais
que vos mandem embora.

Confundem-vos, falam em
degeneração, total ausência
de cultura, respeito e ambição.
Um povo desprovido de decência.

Uma geração à rasca.
Culpado seus pais,
Mas vivendo na sua casca.
Um fantasma receio do Mundo.

O Mundo sóis vós.
Chegou a vossa hora,
Todos juntos são e serão a Força
O Futuro é agora!



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Jovem no tempo

Sinto por este lado que falta uma certa oposição e um lado crítico horrendo. Hoje especialmente, não me sinto em condições de divagar sobre o quanto bom é ser jovem como os meus irmãos o fizeram. Vou relatar um lado negro que aprecio diariamente de certos jovens, mentalidades, da minha experiencia e de quem já passou por ela. Apenas por ser jovem, é sinonimo de frescura, beldade, rebeldia e de boa vida! Isto é aquilo que conhecemos hoje. Sem comparações e recuando no tempo, podemos verificar que o jovem era muita vez o sacrificado, mesmo aquele que ainda não tinha barba, já teria arranjar maneira de ganhar dinheiro para dar uma ajuda a sustentação do seu tecto, junto aos seus pais que já sufocavam na pobreza. Jovens sim, mas por pouco tempo porque davam o salto para adulto num ápice. Jovem era responsável, alias, tinha a obrigação de o ser e conhecer desde cedo a responsabilidade. Eras complicadas de sustentação no limiar da pobreza passaram pelos nossos mais velhos progenitores, mas ainda assim, eles quando jovens, viviam na mesma mas de outra forma, valorizavam, respeitavam, rivalizavam, batiam pela sua terra, pelo seu amigo, pelo seu bairro! Mas a palavra do mais velho ainda assim continuava respeitada, pelo bem da sua evolução, seja ele apenas dois ou três anos mais velho.

O jovem de hoje, é um jovem de facilidades, uma juventude prolongada, mimada e sustentada por aquele que teme que a Era difícil regresse.

Deixa chocado qualquer pessoa, numa sociedade tão evoluída como a de hoje, vídeos ridículos dentro das salas de aula, faltas de educação a um responsável pelo ensino! Será que são os programas bem cultivados numa horta fedorenta ou telenovelas de uma pobreza lastimável que lhes enchem a cabeça diariamente, ou bem no fundo da questão, são uns pais que por minha opinião não devem existir. Sempre existiu desprezo aos filhos, mas ainda é hoje uma falha a combater! Caso não seja, que me expliquem. Uma juventude sob pressão da crise que lhes é completamente alheia, mas que também não fazem questão de perceber! Uma sociedade com objetivos casa vez mais parecidos, até nas modas… Alheios a tudo e todos estes demonstram falta de disciplina, falta de vocação e por consequência, falta de habilidade!

Por outro lado e com os olhos abertos vejo jovens revoltados, protestam contra tudo, o que não deixa de ser legítimo… Mas continuam a não ser credíveis na sociedade como precisam, porque simplesmente lutam apenas para si e nunca para a sociedade. Uma participação revolucionaria não terá de ser nas ruas, pode ser em qualquer local de intervenção cívica, mas tem que deixar de ser egoísta e ser cada vez mais uma luta pelas causas da sociedade.
Jovens, sejamos rebeldes, bebamos uns copos até cair para o lado, estudemos, trabalhemos, mas que pelo menos não nos falte educação nem caracter! Preocupemo-nos com o futuro de todos e não somente com as nossas ambições paranoicas…
Façamos o breve acontecer como uma eternidade, como todos o conseguimos fazer, na altura que eramos jovens.


Jaime Garret

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.


Quando me apercebi, já fazias parte de mim. Sem dar por isso, insconscientemente, ficámos próximos, unidos. Estás comigo nos momentos bons e nos momentos maus, quando me divirto e quando o mundo parece desabar. Fazes-me ser irreverente, espontâneo, disponivel mas ao mesmo tempo desempenhas um largo papel no meu lado imprudente, despreocupado, desmazelado e até leviano.

Hoje, não conseguiria viver sem ti.

Quando olho em volta, uns têm tanta sorte como eu, outros já tiveram ou ainda vão ter.
Mas a diferença está naquilo que fazemos quando nos acompanhas.
Aquilo que nos dás é o nosso carácter que molda, somos o que queremos ser, quando queremos ser.
Não é por estares comigo que sou mais ou menos romântico, mais ou menos revolucionário, mais ou menos virado para pseudo comportamentos de risco ou mais adepto de alfaces ou de tomates, mas é por estares comigo que sou ligado ao mundo por um estreito cordão umbilical que me faz sentir tudo com mais avidez, com mais cor, com mais paixão.

Dos anos que passámos e que iremos passar juntos, quero retirar tudo. Quero recordar as tardes de brincadeira no infantário, e os copos na universidade. Quero lembrar as vitórias, as derrotas, as conquistas, as perdas, os amigos, os inimigos, os risos, os gritos, tudo. Quero absorver tudo e nada deixar para trás. Mas isso é impossivel. Eu e tu sabemos que apenas guardaremos as melhores e as piores memórias, porque são essas que deixam marca, são essas que nos tornam homens e mulheres hoje, pais e mães amanhã.
Moldas-me por seres tão importante sem na maioria das vezes te darmos valor porque te damos como um bem adquirido e nosso por direito, esquecendo-nos que por esse mundo fora há quem nunca tenha a chance de te conhecer, gente que foi obrigada a crescer demasiado depressa, a passar pela vida com a efemeridade de um segundo.
Eu aprendo todos os dias a dar-te valor, a estimar-te, a querer que os dias que passamos juntos nunca mais acabem, a querer ser para sempre teu companheiro.

Quando isso deixar de acontecer, é porque dei o lugar a outros e espero, minha querida juventude, que ao teu lado se tornem tão felizes como eu sou.

Dâmaso Garrett

terça-feira, 1 de maio de 2012

Jovem por dentro e por fora

Ai ai a juventude, esse estado da vida de um ser humano, que é caracterizado pelo fulgor, pujança, vivacidade, onde os sentimentos estão sempre à flor da pele e onde se vive cada pequeno momento com a maior das intensidades. Tudo isto é a época em que estamos na mocidade, mas também é o tempo dos excessos, do cometer locuras, de desafiar o perigo, de tentar atingir o inatingível e de tentar chegar até ao mais longe que conseguirmos ir. Isto caros amigos, é a juventude em plena forma.

No meu dia-a-dia ouço muitas vezes várias pessoas dizerem, que a juventude desta época está perdida, que todos abusam ao máximo que puderem, que não se sabem divertir sem recorrer a subtâncias que alteram o seu estado normal ou que que devido ao facilitismo todo que têm em conseguir algo são muito exigentes e nunca estão satisfeitos com nada. Tudo isto é verdade e provavelmente a culpa em grande parte é das gerações anteriores que deixaram que esta se fosse moldando assim. Mas também é verdade que ao longo dos tempos, cada geração foi sempre ultrapassando muitos dos limites que tinha para ultrapassar, portanto quando a geração seguinte chegou como esses limites já se encontravam quebrados, os jovens inconformados tiveram de arranjar novos. E este ciclo tem tendência para se ir repetindo ao longo dos tempos.

Mas se há uma altura na vida de arriscar, de errar, de falhar e de aprender é esta. Muita gente com mais alguma idade diz que se sente um jovem "por dentro", isto até pode ter algum fundo de verdade e eu conheço algumas pessoas que se aproximam desta ideia, mas sentirmo-nos jovens e sermos jovens é algo completamente diferente, onde há uma barreira que já foi ultrapassada. Estarmos na plenitude das nossas capacidades e termos a hipótese de definir o início do nosso caminho é algo que só acontece uma vez.

Portanto espero que a próxima geração aprenda com tudo o que de bom e mau for feito por esta, pois é assim que o ser humano vai evoluindo.

Jacques Garrett