Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

sábado, 12 de maio de 2012

Ao Sábado : O Convidado

  Hoje damos início a uma nova rubrica no nosso blog, de modo a promover a pluralidade e diversidade de opiniões, surge hoje o primeiro autor convidado. Neste caso uma autora. Esperemos que seja a primeira de muitas crónicas que possamos ter a oportunidade de vir a ler. Seja de um reconhecido, do visitante regular ou do mero leitor casual. Que seja uma casa de debate e de propostas. Por todos nós.




  Não nos ponhamos com meias palavras, aquelas que elevariam o nosso discurso ao ponto mais alto de interjeições, reclamações e grandiosas morais. Todo este assunto requer uma voz lutadora. Não posso de maneira nenhuma concordar com o espectáculo da tourada, não só por se tratar de um exemplo de mau trato ou uso (depende da perspectiva de cada um) dos animais mas também porque é um exemplo de como o Homem vê o mundo, como seu dono. Não virei com falsas éticas, falar sobre os direitos dos touros, não seria racional exigir a sua libertação, logo caíram críticas sobre mim, uma assídua visitante do jardim zoológico.

  As touradas são um pretexto para o Homem, de mais uma vez se elevar perante outros que assistem, entusiasmados, como dali fosse sair um gladiador, ou quem sabe um futuro rei. O Homem não é mais que um menino/a inseguro/a com a necessidade de provar constantemente a sua força perante seres, menos aptos, menos capazes. Se o ser humano acreditasse mesmo nele, a luta seria por igual, 1 Homem contra um touro, sem armas. Mas são raros os humanos que acreditam em si próprios e os que o fazem normalmente pensam apenas no seu umbigo. Os touros deviam ter poder de escolha. Por melhores condições que lhes são oferecidas antes da tourada, acaba por ser uma falsidade, como no caso dos porcos que passam pelo processo de engorda antes de irem para o matadouro. O espectáculo sim é triste, o provocar de um animal, que reagirá apenas por instinto e por sobrevivência, já para não falar dos gritos e confusão sonora na arena, nenhum animal ficaria estável numa situação dessas.

  Não me venham falar de uma morte digna. Digno no mundo animal seria, numa luta por território, por protecção das crias. Digno é o Homem que no futuro olhará para o lado, e saberá ver outros seres como igual, a minha hipocrisia e também ingenuidade leva-me ao jardim zoológico, numa esperança que a proximidade pessoa/animal que o parque oferece, nos torne mais compreensivos menos egoístas.


Patxó



3 comentários:

  1. A vida no jardim zoologico tambem é a utilizaçao de animais pelo homem. De uma forma diferente, talvez menos violenta mas privamos tambem os animais do seu meio natural. Era bom q os animais pudessem escolher entre uma vida em liberdade mas limitada( o q acontece nas touradas) ou viver em cativeiro, em expositores. O melhor ainda seria viver tudo em liberdade, paz no mundo e imperial a borla para todos mas felizmente nada é perfeito.
    GL

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  2. Concordo que os animais deviam estar em liberdades mas não nos podemos esquecer que a mentalidade retrogada que havia antigamente nos jardins zoológicos jjá está a caminho da extinção, hoje em dia a maior parte dos animais tidos neste parques são recuperados de tráfego de animais exóticos, e outros deles, havendo tão poucos da sua espécie são reproduzidos em cativeiro e depois libertos. a mentalidade neste momento em voga é a sua recuperação e tanto como possível a sua reinserção no habitat natural. isto nem sempre é possível.
    no entanto essa paz e liberdade mundial (já não falo pela imperial) só é uma utopia porque fomos brain washed para que assim fosse. posso ser a única a acreditar nisso, num milhão de pessoas, mas quando <Galileu disse que a Terra é que girava à volta do sol também ninguém acreditou nele.

    obrigada

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