Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.


Quando me apercebi, já fazias parte de mim. Sem dar por isso, insconscientemente, ficámos próximos, unidos. Estás comigo nos momentos bons e nos momentos maus, quando me divirto e quando o mundo parece desabar. Fazes-me ser irreverente, espontâneo, disponivel mas ao mesmo tempo desempenhas um largo papel no meu lado imprudente, despreocupado, desmazelado e até leviano.

Hoje, não conseguiria viver sem ti.

Quando olho em volta, uns têm tanta sorte como eu, outros já tiveram ou ainda vão ter.
Mas a diferença está naquilo que fazemos quando nos acompanhas.
Aquilo que nos dás é o nosso carácter que molda, somos o que queremos ser, quando queremos ser.
Não é por estares comigo que sou mais ou menos romântico, mais ou menos revolucionário, mais ou menos virado para pseudo comportamentos de risco ou mais adepto de alfaces ou de tomates, mas é por estares comigo que sou ligado ao mundo por um estreito cordão umbilical que me faz sentir tudo com mais avidez, com mais cor, com mais paixão.

Dos anos que passámos e que iremos passar juntos, quero retirar tudo. Quero recordar as tardes de brincadeira no infantário, e os copos na universidade. Quero lembrar as vitórias, as derrotas, as conquistas, as perdas, os amigos, os inimigos, os risos, os gritos, tudo. Quero absorver tudo e nada deixar para trás. Mas isso é impossivel. Eu e tu sabemos que apenas guardaremos as melhores e as piores memórias, porque são essas que deixam marca, são essas que nos tornam homens e mulheres hoje, pais e mães amanhã.
Moldas-me por seres tão importante sem na maioria das vezes te darmos valor porque te damos como um bem adquirido e nosso por direito, esquecendo-nos que por esse mundo fora há quem nunca tenha a chance de te conhecer, gente que foi obrigada a crescer demasiado depressa, a passar pela vida com a efemeridade de um segundo.
Eu aprendo todos os dias a dar-te valor, a estimar-te, a querer que os dias que passamos juntos nunca mais acabem, a querer ser para sempre teu companheiro.

Quando isso deixar de acontecer, é porque dei o lugar a outros e espero, minha querida juventude, que ao teu lado se tornem tão felizes como eu sou.

Dâmaso Garrett