Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Aborto: um direito ou um crime?


Este é sem dúvida um dos temas que mais polémica gera e onde existem inúmeros argumentos que conseguem defender uma e outra posição. Mas depois de analisar variadíssimas opiniões, ainda não consegui perceber quem tem de facto razão! É possível que o problema seja meu, pois ainda não encontrei nenhum fundamento que eu apoie 100%, mas também é possível que não se consiga chegar a um ponto de vista que todos considerem consensual.

De um lado posicionam-se os que dizem que matar um ser humano é moralmente ilegal e como um feto já é considerado um ser humano, então quando alguém incorre na prática do aborto está-se a cometer um crime tão grave como o de assassinar alguém.

No sentido inverso estão os que afirmam que a prática do aborto é um direito que qualquer mulher tem, pois existem vários fatores que podem levar a uma gravidez indesejada ou não planeada e que, portanto, não deixar uma mulher tomar esta decisão é ir-se contra os princípios de liberdade e privacidade que todo e qualquer cidadão pode tirar partido.

Temos em termos um pouco generalistas as duas grandes opiniões sobre este tema, mas principalmente dentro do grupo de quem é “a favor” podemos encontrar ainda divergências na forma como é provisionado ou na forma como é financiado, por exemplo.

Deste modo faço um apelo aos leitores para me ajudarem a esclarecer um pouco a propósito deste tema, pois estou literalmente À rasca!

Jacques Garrett

3 comentários:

  1. É preferível terminar com uma série de divisões celulares ou dar uma vida de miséria a mais um ser humano no meio de todos os milhões que já cá estão?

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  2. Acho que o Rodrigo tem toda a razão naquilo que diz! Faço das palavras dele as minhas pois há muitos seres que acabam por vir ao mundo e ter uma vida que ninguém devia ter, uma vida de miséria e tristeza!

    Ricardo Vilela

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  3. Eu acho que devemos ir por redução ao absurdo. Considerarmos um feto um ser humano não faz sentido. Quanto muito, poderíamo-lo considerar potencial de vida. Ora, então, ter o período ou bater uma, matar espermatezóides e óvulos à parva, é um constante ataque ao potencial de vida, e devíamos ir todos presos.
    Faz isto sentido?
    Se é a mulher a parir, porque não há de ser a mesma a decidir se aborta ou não? Alguma crença religiosa de que ela só vai parir porque Deus quis, e portanto tem de nascer à força, porque sim? Porque é o que está "correcto", de acordo com a lei não escrita, de que vale mais uma nova vida, do que uma vida com direito à escolha? Um ser humano novo, que pode trazer problemas à vida do ser humano que pode ter tido um acidente?

    Temos uma questão também, que é o uso indevido do mesmo, a falta de senso comum. Porque podem acontecer acidentes, e a pessoa não ter de aceitar a criança. Agora não está certo andar-se a abortar em ciclo infinito porque não se tomam as devidas precauções. Mas sou a favor á mesma, e quanto às excepções, é arranjar-lhes acompanhamento psicológico.

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