Introdução

Grupo de jovens, mais ou menos coerentes, uns de esquerda outros de direita, outros nem sabem de onde, deram por si a debater os mais variados assuntos a cada encontro. Ora economia ora desporto, passando pela religião até aquilo que em Portugal se chama de Política.Com a evolução dos seus percursos pessoais, e da necessidade de um local para promover essas trocas de opiniões, (já fartos de serem expulsos de certos cafés) quatro deles juntam-se e nasce este espaço. Um local para todos, onde todas as opiniões serão bem-vindas desde que civilizadas, que seja também a vossa casa. Sim, nós sabemos que parece um T1 em Sacavém, com vista para a linha do comboio. Mas não dá para mais, estamos à rasca.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Gatunos, Ladrões, Chupistas ou vulga Troika.

  Sou contra, completamente. Da cabeça aos pés. Pelo lado lógico e pelo emocional. Por mim, por ti, por nós, por Portugal.
  Troika? Mas Troika porque? Era no acordo Ortográfico ou no plano de invasão estrangeira que nos obrigava a usar palavras russas? Que eu saiba em Português de Portugal é tríade! Conjunto de três membros! A única palavra em russo que devemos usar é Vodka e já agora, Izmailov!
  Ajuda externa? Intervenção a roçar a invasão! Desde quando ajudar alguém, é chegar lá, obrigá-los a ficarem mais pobres, a trabalharem mais e lucrar nós com isso? Milhões!!!
  Hoje em dia basta vermos as notícias para saber o que vai acontecer, doutos economistas relatam-nos convictamente quais serão as medidas, as consequências, as taxas, os juros, as leis, as decisões. Se toda a gente já sabia o caminho a seguir, porque não o seguimos?! Porque tem que vir alguém de fora nos mostrar como por isto a funcionar? Porque é mais fácil óbvio. É a democracia capitalista em que vivemos. Os centro de poder sabem o caminho, mas não o podem fazer, porque perdem votos. Quem ousa acusar ou mexer no que está errado mais intrínseco na sociedade é acusado! Olhem a Manuela Ferreira Leite, tinha ou não razão? O que lhe valeu. Dizia o que ninguém queria ouvir, ia fazer o que ninguém queria. Assim vem alguém de fora, e continuamos todos contentes a defender o povo. O povo uma ova! 
  Defendem é o Portugal de betão e dos bancos. Este portugal em que 15% da ajuda que receberá é para os bancos. os mesmo que têm lucros de milhões todos os anos, os mesmo que recebem ajudas dos estado para apoiar as empresas e não aprovam um investimento, os mesmo bancos que contratam Mourinho por 1Milhão e na semana seguinte pedem ajuda. Que raio de sociedade é esta?!
  Podíamos muito bem nos entender sozinhos, se não andássemos em constantes guerras de egos ou ideologias pequeninas.
  
  Sou tendencialmente contra as privatizações, empresas estratégicas devem estar nas mãos de todos e não de alguns, e quer queiramos quer não o todos é o estado. Para o bem e para o mal. Galps, Edps, Taps, CGD entre outras enquadram-se nessa lógica. Não percebo como uma empresa de topo mundial, que dá lucro como a TAP é privatizada. Perceber, percebo, mas não aceito. Fala-se nos transportes públicos, pois já o nome indica tudo, são públicos. E se derem algum prejuízo é aceitável, pois ajudem imensa gente a chegar ao local onde produz para o País. Mas obviamente temos que ver como se altera a situação, e esse caminho não é com os gestores públicos de empresas que dão prejuízos a receber bónus de gestão. Gestão do que? Desastrosa só pode.

  Não percebo como aceitamos ordens incondicionais de Bruxelas, ou melhor Berlim. Eles precisam tanto de nós que nem sabem. Sairmos do euro iria ser o colapso de toda uma economia europeia assente em pilares demasiado centralizados, França e Alemanha gerem a Europa a seu belo prazer, pois eles alimentam toda a Europa do Sul que está nas suas mãos e depende de si. Mas acho que nem eles sabem que também precisam de nós. Enquanto lá continuarmos iremos andar a reboque deles, mas não. Temos que fazer uma pausa, repensar toda uma estratégia social e económica e entender que o que interessa é Portugal e não a Europa. Que temos que produzir por nós, e não nos deixarmos vender, largar as terras e os barcos, as fábricas e empresas em troca de taxas ou míseros valores. Deixarmos-nos desta política imobiliária e de betão que não é essa a cultura de Portugal. Não será autoestradas que nos trarão dividendos futuros. Já falhámos no passado. Aceitamos dinheiro para perder autonomia, cultura e identidade. Irrecuperável. Mas ainda vamos a tempo de voltar a refundar um Portugal diferente. Dou 3 anos para sairmos da UE ou pelos menos se alterar gravemente todo o funcionamento da mesma.

Ps: Enquanto escrevia o tópico leio que o Financial Times em Inglaterra escreve que Sócrates mentiu e geriu a crise de uma forma terrível. Todos vêem, menos quem interessa. Os Portugueses. 

5 comentários:

  1. PS PS PS PS Votem! Pode ser desta que me va embora daqui! é triste ver um pais assim e volto a dizer, isto é culpa nossa, não sabemos fazer greves, nem fiscalizar sem uma nota no bolso e muito mais diria... Vou reescrever para toda a gente ver. Quem não sabe gerir sai, há muitos capazes! Mudança!

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  2. Vamos mandar embora as pessoas que vieram fazer a reestruturação do nosso país para podermos crescer... é como morder na mão que nos dá de comer. Não fossem estes chupistas, e não haveria dinheiro para pagar salários na função pública a não ser com emissão de divida com juros acima dos 12 ou 13%. Claro que vamos pagar e bem, mas não seria necessário se estas medidas ja tivessem sido implementadas. Politicos eleitoralistas no poder, sequiosos pela governação no outro é o que dá. Agora, expulsar quem nos vem ajudar... por amor de deus.
    PS E é impossivel sairmos do euro, muito menos em 3 anos.
    O Barbas

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  3. Bem vindo Barbas,

    Nós não somos nenhuma colónia europeia... Nós é que temos que fazer a reestruturação. Agora é óbvio que não os podemos expulsar nesta fase, concordo plenamente, simplesmente nunca deviam ter entrado... mas sim é consequência de anos de políticas eleitoralistas e governantes sequiosos de poder. Agora eles vêm nos ajudar... O que eles vêm fazer é do interesse deles. Maneira de garantir que quem comprou a nossa dívida, como alguns bancos alemães, recebem tudo e ainda vão ganhar com isso. Quem não entende a promiscuidade entre FMI e o poder económico é porque é demasiado ingénuo, basta ver a troca de cargos entre directores do FMI, governantes e banqueiros. Trocam de cadeiras, mas o objectivo é o mesmo.

    Quanto ao não sairmos do euro, compreendo, mas enquanto andarmos a reboque deles vamos empobrecer cada vez mais,pois não podemos ter menos poder de compra e as mesmas condições.

    Cumprimentos,GT

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  4. É óbvio que vão ganhar dinheiro. De que outra forma o BCE e o FMI emprestariam 50 e 20 milhões respectivamente? Achar que eles não nos estão a ajudar é de um ressabiamento puro. Claro que não somos uma colónia europeia quando toca a pagar e a cumprir com as responsabilidades, porque a receber subsidios saltamos todos a agradecer a deus por estarmos na UE. Fazemos nós a reestruturação com quem? Com quem desestruturou? Com todos aqueles que conhecem os problemas e não fizeram nada, e com os outros que rejeitam que houvesse problemas? Próximas eleições vou votar Paul Thomsen. Pelo menos espero que lá esteja um quadrado para ele. Se for pela nacionalidade, por menos se naturalizou o Liedson.
    O Barbas

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  5. Respeito a sua opinião. Foi à conta desses subsídios que nos vendemos. Abandonámos terras, destruímos frotas, fechamos fábricas, vendemos empresas. E hoje não produzimos nada. Quanto ao Paul Thomsen, na Grécia a receita não funcionou e aquilo está cada vez pior, vamos lá ver o que sai por cá.

    Cumprimentos

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